O governo do estado desativou nesta segunda-feira, 22, a Estação de Melhoramento e Difusão de Genética Animal (EMDGA). Por meio de levantamento, o laboratório, criado em 2008 e que funciona nas dependências da Embrapa, nunca obteve resultados efetivos de produção de animais melhorados geneticamente, não contribuindo para mudar a situação do rebanho acreano.
A EMDGA vinha sendo mantida e custeada com recursos do Governo do Acre, mas tinha toda sua estrutura, animais e equipamentos pertencentes à Embrapa, conforme contrato assinado em 2007 e cuja vigência era de 10 anos, renováveis ou não. Assim, o governo do estado optou pela devolução de todos os insumos para a Embrapa.
“Isto resultou em um custo de manutenção elevado do laboratório, com baixa produtividade na gestação, exigindo um grande volume de embriões e logística para se ter bons resultados no campo. Além disto, a experiência mostrou que a implantação dessa ferramenta necessita de boas condições sanitárias e nutricionais dos animais receptores, e isso não foi possível com os produtores atendidos”, ressalta o secretário de Produção e Agronegócio (Sepa), Paulo Wadt.
Estes resultados mostraram que essa tecnologia é economicamente inviável para o momento atual, tanto que a própria Embrapa não tem demonstrado interesse em continuar com as atividades, enquanto o Estado não dispõe de recursos para continuar subsidiando ações dessa natureza.
Ainda segundo Paulo Wadt, os servidores lotados no laboratório estão sendo demandados em ações mais essenciais para o desenvolvimento do agronegócio no Acre, como o reforço da equipe de veterinários do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), que prepara o Estado para se tornar zona livre de febre aftosa sem vacinação.
“Por isto, de forma transparente, bem discutida e assertiva definiu-se, junto à Embrapa, pelo distrato e pela devolução dos equipamentos e do espaço, retirando do Estado do Acre um enorme custo com salários e custeio da estrutura”, completa o secretário.