Devido às condições climáticas adversas enfrentadas no Acre, nesta sexta-feira, 6, o governador Gladson Cameli promulgou o decreto 11.338, declarando a existência de circunstância anormal, caracterizada como situação de emergência. A medida foi tomada em resposta ao cenário de extrema seca e à iminente possibilidade de desastre decorrente do desabastecimento do sistema de água no estado. A influência do fenômeno El Niño prolongou o período de seca, e as previsões meteorológicas indicam que a escassez de chuvas persistirá nos próximos 90 dias.
O decreto, que já está em vigor e tem vigência de 90 dias, baseia-se em diversos fatores críticos, como a diminuição abrupta das chuvas, que resultou em níveis perigosamente baixos nos rios Acre, Purus, Juruá, Tarauacá, Envira, Iaco e Moa. A situação atinge significativamente o fornecimento de água para a população, agricultura e pecuária dessas regiões.
Além disso, a seca coloca em risco a navegabilidade dos rios, ameaçando comunidades inteiras, incluindo municípios e aldeias indígenas, que podem ficar isolados e enfrentar dificuldades no abastecimento de alimentos e outros recursos essenciais. A declaração também destaca a preocupação com o desabastecimento de medicamentos e itens de saúde em hospitais e postos médicos.
Diante das adversidades, o decreto autoriza a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil a coordenar as ações de socorro às comunidades isoladas e oferecer assistência aos municípios afetados, para garantir o atendimento de necessidades básicas e minimizar os prejuízos econômicos e sociais à população afetada. Também autoriza campanhas midiáticas para informar e sensibilizar a população sobre os riscos ambientais.
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, garante que o governo do Estado, juntamente a outras autoridades, está comprometido em tomar todas as medidas necessárias para enfrentar a situação de emergência e proteger os cidadãos diante dos desafios climáticos que se apresentam. “O governo objetiva a dignidade da população, garantindo o atendimento de necessidades básicas e minimizando os prejuízos econômicos e sociais”, afirma.