O governo do Acre – representado pelo secretário de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt – participou nesta quarta-feira, 12, em Porto Velho (RO), de um encontro com representantes do Serviço Florestal Brasileiro, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), liderado pelo diretor-geral Valdir Collato.
No encontro, que também contou com a presença de gestores de Rondônia e parlamentares estaduais, Valdir Collato apresentou as novas diretrizes do órgão a partir da incorporação ao Mapa. O diretor, que é engenheiro agrônomo, falou sobre sua participação na elaboração do Código Florestal Brasileiro e enfatizou a necessidade e a oportunidade de harmonizar e compatibilizar a produção agrícola com a conservação do meio ambiente.
“Essa é a nossa função, juntar as forças, meio ambiente e agricultura para acabarmos com os conflitos de interesse. Um precisa do outro e as duas coisas caminham juntas. Como o Serviço Florestal saiu do Meio Ambiente e foi para a Agricultura nossa função agora é produção e gestão em florestas”, informou o diretor.
O Serviço Florestal Brasileiro tem em suas principais agendas pontos de interesse importantes para Acre e Rondônia. Esses pontos poderão beneficiar os avanços ambientais e produtivos dos estados, entre eles o Inventário Florestal Nacional, as concessões de florestas públicas e a gestão nacional de instrumentos do Código Florestal Brasileiro, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), os Programas de Regularização Ambiental (PRA) e as Cotas de Reserva Ambiental (CRA).
Outro ponto de interesse ao Acre é a possibilidade de integração entre a União e os estados para avançar em uma proposta na qual os proprietários e posseiros de áreas rurais possam aderir aos programas de Regularização Ambiental por meio de autodeclaração, como foi feito na fase de inscrição dos cadastros.
O secretário Paulo Wadt destacou que participar dessa agenda em Rondônia foi importante para tratar tanto da concessão de florestas públicas, como para verificar como está sendo feita a gestão das florestas que já foram concedidas. “Tivemos a oportunidade de discutir o programa de recuperação de áreas degradadas. Rondônia já está fazendo esse trabalho há dois anos e o Acre está entrando agora”.
Ainda durante o encontro foram discutidos os problemas relativos à normatização do Código Florestal Brasileiro e a necessidade de desburocratizar as legislações ambientais estaduais.