Um amplo diagnóstico socioeconômico do Acre foi entregue, nesta segunda-feira, 12, aos poderes Executivo e Legislativo. O relatório, encomendado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), apresenta dados relacionados às dificuldades enfrentadas em várias áreas e norteia o poder público sobre as possibilidades de desenvolvimento regional nas próximas décadas.
O estudo foi elaborado pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedplar), órgão complementar da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que na década de 1970 havia realizado diagnóstico similar.
“Hoje temos uma realidade completamente diferente de 50 anos atrás. Por isso, a relevância de fazermos este novo levantamento e entregarmos o resultado, que ajudará na construção de políticas públicas eficientes”, afirmou Ronald Polanco, presidente do Tribunal de Contas.
Alusivo à comemoração dos 60 anos de emancipação política e administrativa do Acre, completados em junho deste ano, o estudo traz aspectos demográficos, sociais e econômicos, históricos e regionais. Financiado com recursos próprios do Estado, levou dez meses para ser concluído.
Segundo o Clélio Campolina, um dos professores responsáveis pela pesquisa, o documento elencou três grandes desafios para os próximos anos. “A questão das mudanças climáticas, biomedicina e inteligência artificial são pontos que devem ser olhados com atenção no futuro”, apontou.
Em seu discurso, o governador Gladson Cameli agradeceu o TCE-AC por tomar a frente na responsabilidade de coordenar o diagnóstico e aproveitou a oportunidade para celebrar conquistas obtidas nos últimos anos.
“Nestes quatro anos, demos saltos importantes, principalmente no setor do agronegócio e no apoio à economia local, tanto no setor industrial, como no comércio. Quero agradecer a todos que colaboraram e elaboraram este importante documento, que já está gerando um amplo debate em todos os segmentos da sociedade”, pontuou.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nicolau Júnior, parabenizou a iniciativa. “Esse estudo é muito importante, pois mostra as dificuldades do presente e aponta para o que devemos avançar no futuro, o que também ajudará os parlamentares na destinação de emendas para melhorar a vida da população”, argumentou.