Um dos principais desafios dos órgãos estaduais ligados à produção rural é facilitar o acesso ao crédito disponibilizado pelo governo federal para os produtores em todo o estado.
Por isso, a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), a Secretaria Estadual de Agropecuária (Seap) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) têm realizado reuniões em comunidades rurais explicando como é possível acessar o crédito e deixando claro que os técnicos das instituições estão à disposição dos produtores para fazer os projetos junto às instituições financeiras.
“O governo federal tem colocado muito dinheiro à disposição dos produtores. Sabemos que boa parte deles tem dificuldades para fazer um projeto com todas as informações de que o banco necessita. Por isso, uma das principais orientações aos nossos técnicos é que se dediquem à elaboração dos projetos”, afirma Idésio Franke, diretor-presidente da Emater.
Outro trabalho é se aproximar dos bancos e diminuir os entraves burocráticos, que por vezes dificultam o acesso ao crédito. Uma dessas parcerias vem sendo realizada com o Banco da Amazônia.
Segundo Igor Figueiredo, gerente da agência central, com abrangência em Rio Branco, Senador Guiomard, Capixaba, Bujari e Porto Acre, só para o Acre o banco tem disponível, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), algo perto de 78 milhões de reais.
O Pronaf financia crédito de até 150 mil reais. “É necessário que o produtor rural nos procure. É claro que é preciso apresentar alguns documentos, mas o banco tem feito um grande esforço para facilitar esse acesso ao crédito”, afirma Figueiredo.
Parceria e renegociação de dívidas
Para quem está inadimplente, os bancos oferecem, por meio de uma determinação do Banco Central, vantagens para quem quer quitar a dívida e voltar a ter condições de novos financiamentos.
Figueiredo destaca que associações e cooperativas podem requerer uma visita em suas comunidades para tirar dúvidas sobre o assunto. “Temos feito isso. Sempre que somos solicitados, enviamos uma equipe nossa e do governo para que os produtores possam ter todas as informações sobre o acesso ao crédito.”