O sonho de residir em uma casa digna, sem risco de alagação, está próximo para aproximadamente mil famílias de Rio Branco. O governo do Acre, por meio da Secretaria de Habitação (Sehab), e o governo federal, com o programa Minha Casa Minha Vida, intensificam as entregas para as famílias de bairros que são afetados pela enchente, como Cadeia Velha, Baixada da Habitasa e João Eduardo, entre outros.
Os contemplados já realizaram a vistoria das casas nos residenciais Rui Lino II e Cabreúva. Agora, com o processo de celeridade, a Sehab e a Caixa Econômica Federal realizam as assinaturas dos contratos, para que, enfim, as famílias possam se mudar para as novas moradias.
Maria Brasilino, residente do bairro Cadeia Velha, conta que nesta enchente histórica do Rio Acre a casa foi afetada e ela teve que ir com o marido e os quatro filhos ao abrigo público instalado no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco.
Ela recebeu uma unidade no Rui Lino II e é uma das muitas pessoas desabrigadas que poderão sair direto para a nova residência. “É um sentimento de felicidade, não tenho nem como explicar. Perdi muita coisa, pois a água chegou à minha casa antes que eu pudesse tirar tudo. Mas saber que vou pra um lugar novo, onde poderei reconstruir tudo sem perigo de perder novamente, é maravilhoso”, conta.
Celeridade no processo de entrega
A superintendente regional da Caixa, Maria Claudia Sakai, explica que o banco, em conjunto com a Sehab, realiza uma força-tarefa para que todas as famílias possam assinar os contratos o mais rápido possível e se mudar imediatamente.
“O processo de vistoria, assinatura de contratos e entrega da casa leva mais de 15 dias para se executado. Como estamos passando por um momento inédito da história, em que diversas famílias foram atingidas pela cheia, decidimos atender um número maior de pessoas por dia para que possam ir logo para as novas casas”, diz Maria Claudia.
Ao todo, 966 unidades habitacionais estão em condições de entrega e todas serão direcionadas a famílias que vivem em áreas de risco. São 432 na Cidade do Povo; 423 no Rui Lino; 100 no Cabreúva e 11 residências remanescentes no Abunã.