O governador Tião Viana participou de mais uma reunião na sala de situação, no Corpo de Bombeiros, na manhã desta terça-feira, 4, discutindo com empresários, distribuidores de produtos, coordenadores da Defesa Civil do Estado e da capital e com gestores de governo as alternativas para que o Acre não sofra desabastecimento ocasionado pela interdição, temporária, da BR-364 devido à cheia do Rio Madeira.
“Foi consolidada uma união entre o governo, o setor empresarial e de logística do Estado. A situação do gás já está resolvida para os próximos 20 dias, graças a Deus. Os produtos perecíveis para os próximos oito dias não há nenhum tipo de insegurança. Os combustíveis estão assegurados, a gasolina e o álcool. Estamos na luta pela superação do chamado diesel tipo S-10. Todas as medidas de bens de consumo duráveis e perecíveis estão sendo tomadas”, ressaltou o governador.
Tião Viana lembrou que o governo Federal tem sido um grande apoiador do Acre nesse período crítico da enchente do Rio Madeira que isola, por via terrestre, o Estado. “O que nós precisamos é que ninguém aumente preço, para não prejudicar o consumidor que não tem culpa de nada e o governo do Estado e com os empresários um pacto de solidariedade que precisa do acolhimento de alguns comerciantes. Não há necessidade de aumentar o preço porque tudo está sendo feito para que não falte nada para a população”.
Empresários observam que apoio do governo tem sido fundamental
O presidente da Associação Acreana de Supermercados do Estado, Luiz Spezatto, frisou que a classe empresarial só tem a agradecer ao governo estadual pelo apoio. “Esse cuidado para manter os comércios abastecidos, que está sendo tomado, permite que possamos antever o que vai acontecer”.
Jurilande Aragão, da Associação Comercial e Industrial do Acre (Acisa), observou que nesta terça-feira foi realizada a oitava reunião com a classe empresarial. “Isso mostra que há uma preocupação do governo para que os produtos cheguem. Além disso, temos muito que agradecer também o apoio do Exército e da Força Aérea Brasileira”.
Matheus Hernandes, distribuidor de hortifrutigranjeiro, ressalta que mesmo com a rodovia fechada, a alta de preços em alguns produtos se dá devido a entressafra, não a questão da cheia do rio. “Vivemos uma época do ano que está muito instável, muito calor e muita chuva. Estamos pagando mais para descarregar em Rondônia, mas estamos absorvendo esse aumento para não passar aos consumidores”.
Hernandes destacou que nesta terça-feira chegou ao Estado uma nova carga de produtos, transportada pelo avião da Força Aérea. Nesta carga de 72 toneladas estão sendo trazidos ao Acre verduras e ovos.
Nos dois últimos dias, 16 caminhões com 260 toneladas de alimentos, 95 mil litros de combustível e 21 toneladas de gás (GLP) passaram pelo posto fiscal Tucandeira.