O governo do Estado, por meio do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), em parceria com o Instituto Nacional de Colonização (Incra), a Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) levaram nesta quarta-feira, 7, para o Projeto de Assentamento Itaúba, 60 linhas de crédito para as famílias produtoras da comunidade.
Localizado no município de Manoel Urbano, o Projeto de Assentamento Itaúba fica em um ramal de 40 quilômetros à beira do rio Purus. A titulação das famílias que tradicionalmente ocupavam a região, que já foi um seringal e pertenceu ao estado do Amazonas, iniciou em 2011. Em 2017 e 2018 foi realizada a regularização do restante do seringal e a inclusão do projeto de assentamento no Programa Nacional de Reforma Agrária.
Hoje, o Itaúba é composto por uma sede às margens do Purus e loteamentos com cerca de 100 hectares cada. Organizado pelo Incra há quase uma década, a gestão do projeto de assentamento, que possui 217 lotes, onde vivem mais de 300 pessoas, é responsabilidade do governo do Estado, por meio do Iteracre.
O diretor-presidente do Iteracre, Alírio Wanderley Neto, ressaltou a importância do trabalho realizado pelo instituto. “Com a regularização desses lotes essas pessoas podem ter créditos e financiamento em bancos. Esses títulos são registrados em cartório, o que traz segurança e estabilidade para essas famílias. Agradeço o governo que dá segurança para o Iteracre fazer o serviço de regularização fundiária tanto na área rural como urbana do nosso estado”, declarou o diretor-presidente.
O Programa Nacional de Reforma Agrária disponibiliza linhas de crédito que permitem a instalação no assentamento e o desenvolvimento de atividades produtivas nos lotes. O chamado Crédito Instalação é a primeira etapa de financiamento garantido pelo Incra às famílias.
Os moradores do Itaúba passaram a ter acesso a três modalidades: Apoio Inicial, Fomento e Fomento Mulher, que, juntos, liberam até R$ 16.600, com uma alta taxa de subsídio.
A moradora do Itaúba e pequena produtora Marinalda Santos da Silva foi beneficiada com as três modalidades e destacou como esse recurso ajudou seu lote. “Com esse dinheiro comprei gado, fiz cerca, fiz campo e agora crio gado, galinha, planto feijão, milho”, informou Marinalda.