Há cerca de uma década, a região da Bonal, localizada no quilometro 77 da BR-364, em Senador Guiomard, despontava como empreendedora e promessa de grandes cadeias produtivas, mas a má gestão da cooperativa da época levou os sonhos de negócios à falência.
Desde o ano passado, o governador Tião Viana se uniu ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para revitalizar a Bonal, e, agora, ela volta a se destacar na área produtiva, e se prepara para receber uma agroindústria de palmito e pupunha, em um investimento de R$ 1,4 milhão.
A Bonal é uma região de 10,4 mil hectares, onde vivem mais de mil pessoas. Com o projeto de revitalização do espaço, Incra e governo conseguiram zerar as queimadas na região, mecanizar a produção com equipamentos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), além de destacar o uso de um trator, um veículo traçado e um caminhão para a comunidade.
A produção de palmito está voltando, e foram recuperados 16 quilômetros de estradas vicinais, em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre).
A agroindústria de palmito e pupunha já está licitada pelo Incra, e deve ter sua ordem de serviço assinada depois do carnaval, com a presença do governador Tião Viana. No total, o investimento será de R$ 4 milhões, e deve ser entregue até o final do ano.
“Nós temos várias ações de responsabilidade do Incra, alinhadas com o governo do Estado, na questão da produção de palmito e pupunha, na cadeia produtiva da borracha, exploração de manejo florestal e não-florestal na área da reserva, de forma que as famílias possam ter uma renda maior, transformando a Bonal em um exemplo de gestão para o Brasil”, diz o superintendente do Incra no Acre, Márcio Alécio.
O engenheiro agrônomo da Seaprof, Césio de Medeiros, foi quem coordenou a revitalização da Bonal. Ele destaca que esse é um grande projeto de desenvolvimento econômico e social. “Fizemos reuniões com a comunidade e deixamos clara a ideia de parceria. Temos vários avanços hoje, e, mesmo em um ano de crise, agora a Bonal vai ganhar uma fábrica e R$ 300 mil em insumos. Vamos fazer funcionar novamente o antigo e bom palmito da Bonal”, conta.