O governador Tião Viana esteve na manhã desta sexta-feira, 27, para entregar os primeiros 20 galpões de engorda de suínos em Epitaciolândia, no Ramal Estrada Velha. Os galpões são uma parceria público-privada com contrapartida de cada produtor beneficiado. Até outubro o governo espera completar 55 unidades, cada uma ao preço de R$ 140 mil.
Os galpões fazem parte do projeto do governo para impulsionar a suinocultura e transformar o Acre no maior produtor de suínos da Região Norte. Com alta tecnologia de criação, cada galpão pode gerar até 100 toneladas de carne suína por ano. “Só no ano que vem já esperamos movimentar R$ 30 milhões no negócio de suínos. É uma aposta na melhoria da economia rural do Alto Acre, fazendo parte de um projeto de desenvolvimento muito maior para a região que já está dando certo. O Acre tem um grande futuro nesse setor, é isso que está em jogo hoje”, disse o governador Tião Viana.
Até o começo do ano que vem, já deve estar em funcionamento o frigorífico Dom Porquito, que terá capacidade de abate de 900 suínos por dia e estará voltado principalmente para a exportação por meio da Estrada do Pacífico. Segundo o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Mamed Dankar, estão sendo entregues os primeiros galpões, e os produtores já estão tendo lucro, alguns com mais de R$ 2 mil por mês, valor que só irá crescer. “Só na região do Alto Acre, já foram investidos mais de R$ 100 milhões na área produtiva.”
Entre os produtores que apostam no ambicioso projeto de suinocultura do Acre está Mario Maffi, que chegou há 30 anos ao estado, vindo de Santa Catarina, com o pai, um dos pioneiros na criação de suínos na região. “Quando era criança, não chamávamos de galpão, chamávamos de chiqueiro mesmo, porque não eram modernos assim. Esse era o sonho do meu pai. Eu só posso agradecer ao governo por ter nos colocado nesse novo patamar”, ressalta Maffi. Os três irmãos do produtor também estão investindo na suinocultura.
O diretor da Dom Porquito, Paulo Santoyo, não esconde a empolgação com o projeto. “Depois de pronto parece simples. Tião me convidou para conhecer o Projeto Pacu, no Mato Grosso do Sul, e aí ele me perguntou: ‘O que você acha de um projeto de suinocultura?’. Ele me chamou no gabinete, conversamos por cinco minutos e logo em seguida já estávamos desenhando tudo isso, que agora sai do papel”, conta Paulo.