O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), entregou esta semana, aos estudantes e professores da escola Estirão do Caucho, na terra indígena de mesmo nome, ao longo do Rio Muru, em Tarauacá, merenda escolar, fardamentos, kits escolares, máscaras, álcool em gel, carteiras e material de limpeza.
Toda essa mobilização é para o início do ano letivo 2020/2021 na instituição, uma das últimas escolas indígenas a iniciar o ano letivo. Para isso, um alinhamento foi feito com a SEE e com o Conselho Estadual de Educação (CEE), a fim de discutir um calendário diferenciado para essas escolas, devido à pandemia do coronavírus.
De acordo com o chefe do Departamento de Educação Indígena da SEE, Charles Falcão, a maioria das escolas indígenas iniciaram o ano letivo de 2020/2021 em novembro do ano passado, mas, como a Estirão do Caucho precisou passar por algumas reformas, o ano letivo lá se inicia agora.
A perspectiva, segundo ele, é que as aulas, que acontecerão no sistema híbrido (remoto e presencial) possam ser concluídas em junho, e no mês de julho tenha início o ano letivo de 2022. Por isso, uma reunião entre o núcleo da SEE e a comunidade foi realizada para alinhar o retorno às aulas.
“Devido a pandemia do coronavírus, tivemos que montar um calendário diferenciado para que as escolas indígenas pudessem fechar o ano letivo. Elas (as escolas) irão trabalhar as 800 horas/aula normalmente, mas com atividades direcionadas e a partir da necessidade de cada município”, explicou.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Tarauacá, professora Janaína Furtado, o governo do Estado não mediu esforços para que as aulas pudessem iniciar na Estirão do Caucho, que possui 350 alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio e uma equipe de 20 professores.
“O governo do Estado cuidou de tudo, pois sabemos das dificuldades encontradas, mas com fé em Deus iremos seguir e vencer todos os desafios, juntamente com a equipe do núcleo”, afirmou a coordenadora.