O governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal, realizou uma importante mudança na Guia de Transporte Animal (GTA), o documento que taxa o transporte de bovinos tanto para movimentações dentro do estado quanto fora.
Criada em 2003, a GTA até então nunca havia sido alterada. Agora, assumindo um modelo existente na maioria dos estados, a GTA deixará de ser cobrada por veículo e passará a ser cobrada por cabeça.
Assim, a partir de 2 de janeiro, a GTA deixa de possuir o valor de R$ 12,42 para cada veículo de transporte animal e passa a cobrar R$ 2,00 por animal transportado.
“A principal vantagem vai ser para o pequeno produtor. Quem cria poucos animais e faz esse transporte de poucas cabeças vai pagar menos a partir de então”, explica Rogério Melo, presidente do Idaf.
Ainda segundo o presidente, a medida é necessária para incrementar o trabalho que tem sido desenvolvido pelo Idaf para declarar sua autonomia financeira, uma das exigências necessárias para que o Acre se torne zona livre de aftosa sem vacinação.
Só em 2018, dois milhões de cabeças de gado foram transportadas no Acre, o que resultou em cerca de 90 mil GTAs. Para 2019, o Idaf acredita que o número será o mesmo.
O Acre possui cerca de 3,3 milhões de cabeças de gado, com um patrimônio pecuário avaliado em R$ 5 bilhões e que gera 75 mil postos de trabalho em toda a cadeia. O setor é o terceiro que mais movimenta economicamente o PIB do estado, com cerca de R$ 1 bilhão anualmente.