Nesta quinta-feira, 9, foi promovida pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM), uma escuta qualificada na Chácara Aliança, em Rio Branco, local que atualmente acolhe 48 imigrantes que chegaram ao Brasil pela fronteira do Peru com o Acre.
A Chácara Aliança, que já foi utilizada anteriormente como abrigo para imigrantes refugiados, mais uma vez acolhe pessoas de diversas nacionalidades, em sua maioria venezuelanos.
O grupo foi ouvido pela equipe de assistência social da SEASDHM e beneficiado com itens de uso diário, como panelas, talheres, mosquiteiros, brinquedos e um televisor. Os insumos dão melhores condições aos refugiados em seu tempo de permanência na chácara.
Além disso, o governo do Estado, financiado pelo governo federal, provê o pagamento do aluguel do espaço, alimentação e todo o aparato mínimo que o abrigo oferece, como camas, colchões e travesseiros.
André Gustavo Crespo, secretário interino da pasta, e João Mascarenhas, diretor de Assistência Social, falaram sobre o regimento interno do abrigo, que esclarece todas as regras e expõe a intenção de garantir os direitos humanos dos abrigados.
Reconhecendo a fragilidade social da maioria dos imigrantes, há um grande fluxo de atendimento a essas pessoas. Além de lhes dar um lar temporário e fornecer refeições, há auxílio na retirada dos documentos necessários, como CPF e carteira do SUS, que são importantes para sua autonomia civil.
O Acre é rota de imigração desde 2010, quando houve uma grande migração de haitianos para o Brasil, após um terremoto atingir o Haiti, provocando a morte de mais de 150 mil pessoas e desabrigando cerca de 300 mil.
Com a crise humanitária que a Venezuela atravessa, a rota é usada até hoje por imigrantes que buscam melhores condições de vida em grandes centros de outros países. Há a possibilidade de entrar no país por meio de Roraima, ou peregrinar até a fronteira do Peru com o Acre, em Assis Brasil.
O secretário interino André Gustavo afirma que a situação foi agravada com a pandemia da Covid-19 e reforça: “Buscamos oferecer condições estruturais a essas pessoas, mas nunca haverá o sentimento de estar em sua própria casa. A visita foi com o objetivo de ouvi-los e levar alguns insumos, para que se sintam menos doloridos e mais acolhidos”.