Desde 2012, um grupo de indígenas da etnia Huni kui da terra indígena Kaxinawa – Ashaninka do Rio Breu, localizada em Marechal Thaumaturgo, migrou para Plácido de Castro. Atualmente, cerca de 40 pessoas estão instaladas no Parque Ecológico da cidade.
O local, que estava sem uso, foi cedido pela prefeitura local para a comunidade, mas não oferece estrutura adequada para moradia.
O governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), esteve reunido com a comunidade para traçar estratégias visando a melhoria da qualidade de vida das famílias que vivem no local.
“Eles farão um projeto para que a prefeitura ceda a terra para uso da comunidade indígena. Esse projeto vai contemplar ações que envolvam o turismo local. Depois de regularizada a situação de ocupação, o governo irá apoiar com todas as políticas públicas e garantia dos direitos dessas pessoas”, declarou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão.
Conflito
Na visita à comunidade no último dia 5, a Sejudh reuniu as polícias Federal e Civil, a Funai e a Assessoria Especial Indígena para apurar uma denúncia de ameaça de morte ao cacique Mapu Huni kui e garantir a pacificação, evitando uma possível tragédia.
“Há quem não queira que a comunidade se instale na cidade, e esse pode ter sido o motivo da ameaça”, disse a delegada de Polícia Civil Lucélia Dias.
Ela afirma ainda que qualquer tipo de conclusão neste momento é muito precoce e que estão sendo realizadas diligências na cidade para tentar concluir a investigação.
Mapu agradeceu o apoio dos órgãos nas questões levantadas. “Com a presença do poder público, nos sentimos mais seguros e valorizados. Só queremos estabelecer nossa comunidade e manter nossa cultura neste espaço que antes estava abandonado”, disse.
Será marcada uma audiência pública com os vereadores de Plácido de Castro para discutir o projeto da comunidade indígena para a cessão de uso do parque.