Durante coletiva de imprensa realizada na Casa Civil, neste domingo, 21, o governador Tião Viana, juntamente com representantes institucionais do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), Ministério Público Estadual (MPAC), Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), anunciou a implantação do sistema de controle e bloqueio definitivo de comunicação criminosa dentro dos presídios.
O investimento no sistema é de mais de R$ 2 milhões e a partir de agora não é mais possível o uso de telefone e outros meios de comunicação com tecnologia dentro das unidades prisionais.
“Isso abala profundamente a estrutura do crime no estado. Foi um esforço grande do governo e das instituições, para implantar esse sistema tecnológico que bloqueia definitivamente o uso de comunicação de quem está cumprindo pena nos presídios do estado”, contou Tião Viana.
O governador destacou que a medida tem impacto profundo, sobretudo em relação à ordem para cometimentos de crimes, que saiam de dentro dos presídios. Tião Viana considera inadmissível que uma pessoa condenada, ordene a morte de um inocente que está do lado de fora. “E isso ocorria por falta de um sistema como esse. Agora rompemos com isso, o que nos dá esperança para a redução da violência e de que menos vítimas serão feitas pela criminalidade”, ressaltou o governador.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias contou que o Estado se preparou para esse momento quando fortaleceu os presídios com a contratação de mais 210 agentes socioeducativos, reformou guaritas, reforçou as frentes de trabalho com armamento, implementou o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), segregou presos e enviou outros para fora do estado.
“Nos últimos 15 anos esta é a medida mais dura já tomada pelo governo, pelas forças de segurança e pelas instituições no combate às organizações criminosas no estado. É uma ação firme que impede estas pessoas de ordenarem crimes, roubos e mortes de dentro dos presídios, deixando-os sem nenhuma comunicação com o meio externo”, destacou o gestor.
União institucional em prol da Segurança
Representando o poder judiciário, a desembargadora Valdirene Cordeiro parabenizou o governo pelo esforço permanente em prol da segurança da sociedade e garantiu que o judiciário acreano se manterá empenhado nesse trabalho.
“Através de todos os poderes estamos apresentando a sociedade um dos maiores rompimentos de comunicação para quem está segregado em unidades prisionais. A comunicação existente para ações criminosas está sendo eliminada com esses bloqueadores. Isso realmente vai inibir o cometimento de crimes no estado”, afirmou a desembargadora.
O procurador-geral de Justiça do MPAC, Osvaldo D’Albuquerque Lima, ressaltou que este é um momento de demonstração concreta de uma ação que garante o Estado Democrático de Direito, e garantiu que o MPAC, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), se manterá trabalhando diuturnamente em parceria com o Sisp e o judiciário, em prol da segurança da população.
“O combate ao crime organizado tem sido uma prioridade da administração do Ministério Público. Com esse trabalho integrado conseguimos efetivar e evitar que problemas maiores ocorressem e fazer com o que o Acre seja vencedor no combate ao crime organizado. As instituições do estado estão emanadas trabalhando em conjunto, somando forças para potencializar resultados concretos e positivos no combate às organizações criminosas”, disse D’Albuquerque.
O presidente da Aleac, deputado estadual Ney Amorim, assegurou que o poder legislativo se manterá a disposição nesse enfretamento à criminalidade.
“Essa é uma medida corajosa e muito importante que se complementa a todos os investimentos que o governo já fez em segurança pública em nosso estado. É um passo fundamental para toda forma de enfretamento ao crime. O poder legislativo fica feliz de poder, junto aos demais poderes constituintes, participar dessa ação que garantirá muito mais segurança para a sociedade”, disse.
Trabalho integrado, ampliado e fortalecido
O chefe do Gaeco, promotor de Justiça Bernardo Albano reforçou que a implantação do sistema é resultado de um trabalho integrado com as demais forças de segurança e as instituições.
“Estas ações foram tomadas e acompanhadas pelo Gaeco. São inúmeros os esforços e o reforço não inclui só o bloqueador, mas a instauração de portais e equipamentos de Raio-X, scarners corporais para evitar o ingresso não só de aparelhos eletrônicos, mas de armas e outros ilícitos que também são nossa preocupação”, pontuou.