Lama, entulhos, móveis e objetos totalmente destruídos. Este era o cenário mais comum nas ruas de Brasileia, após a vazante do Rio Acre. Com o propósito de restabelecer a normalidade e oferecer uma cidade mais limpa à população, o governo do Estado iniciou no sábado, 27, a Operação Solidária de Limpeza.
A parte central do município foi a primeira a receber a ação, que está sendo coordenada pelo Departamento Estadual de Estradas e Hidrovias (Deracre). Os trabalhos de retiradas dos entulhos, limpeza e lavagem das ruas inicia às sete da manhã e se estende até as oito da noite. Cerca de 80 homens estão envolvidos na operação.
Nesta segunda-feira, 2, a ação recebeu o suporte de mais cinco máquinas. Ao todo, 40 máquinas, entre caçambas, caminhões pipas, caminhões de apoio, retroescavadeiras, par escavadeiras e outros estão envolvidos na ação, que em um dia e meio de trabalho retirou 1.500 toneladas de entulhos das ruas de Brasileia.
“Essa é o resultado de um trabalho intenso que estamos realizando aqui, ainda há muita coisa para ser removida e nós não temos previsão de término. Inicialmente fazemos uma limpeza prévia de retirando dos entulhos, em seguida voltamos lavando as ruas. A orientação do governador Tião Viana é que nós tivemos dia para entrar, mas que só saíssemos quando a cidade estiver totalmente recomposta”, destacou o diretor-presidente do Deracre, Ocírodo Júnior.
O prefeito de Brasileia, Everaldo Gomes, ressalta a importância da parceria com o governo do Estado. “Recebemos com muito carinho o empenho do governo, desde o inicio dos trabalhos. Precisamos da ajuda dos governos do Estado e Federal e demais instituições independentes que queiram nos apoiar”.
Reconhecimento da população
A estudante Janayra Meireles, 24 anos, ressalta a necessidade da operação. “Para que possamos voltar a ter uma vida normal, é preciso que a nossa cidade seja reconstruída. A operação vai nos permitir voltar a nossa rotina”, afirmou.
Maria Dilma da Silva é ambulante e observa a mudança de cenário da cidade: “Outro dia eu passei pelo centro e até a ponte estava interditada. Agora, boa parte da praça já foi limpa, já conseguimos passar para Epitaciolândia e eu já posso voltar a vender meu churrasco aqui no centro”.