Uma pesquisa do Ministério da Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que no Acre mais de 150 mil pessoas têm algum tipo de doença crônica. A enfermeira da Divisão de Doenças Crônicas da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) Jocelene Soares falou sobre a pesquisa e as ações realizadas para orientar a população sobre a prevenção desses agravos.
De acordo com o levantamento, 77 mil acreanos com idade acima de 18 anos sofrem com hipertensão. Em seguida aparecem a depressão, que atinge 67 mil adultos, o colesterol (46 mil adultos) e o diabetes (16 mil).
A enfermeira explicou que algumas dessas doenças são hereditárias, e não apresentam sintomas, como a pressão alta, por exemplo, que aparece em primeiro lugar no ranking da pesquisa. “É importante que as pessoas procurem regularmente o médico e façam os exames de rotina nos postos de saúde. Toda doença diagnosticada precocemente é mais fácil o tratamento e, dependendo do problema de saúde, a cura.”
Jocelene destaca ainda que o trabalho de prevenção é feito pelos municípios. Além disso, o governo federal, juntamente com o governo do Estado, tem intensificado as políticas de prevenção e promoção à saúde e também de conscientização das pessoas sobre a mudança de estilo de vida, para que esse quadro possa ser revertido e o número de pessoas com doenças crônicas no estado não cresça.
As unidades básicas de saúde são responsáveis pelo acompanhamento do paciente. Lá ele participa de grupos, realiza atividade física, tem os medicamentos necessários para o seu caso.
Já o estado oferece serviços especializados, de média e alta complexidade, para os pacientes que já estão com alguma complicação em decorrência da doença crônica, como serviço de endocrinologista, nefrologista, oftalmologista, pé diabético, dentre outros. O estado também orienta, capacita e assessora os profissionais da saúde, bem como promove ações e campanhas para orientação e prevenção.
As doenças crônicas são doenças com desenvolvimento lento, de longa duração e que levam certo tempo para serem curadas, ou não têm cura. As causas estão relacionadas à idade avançada ao estilo de vida (alimentação, sedentarismo, estresse e tabagismo, por exemplo) e a fatores hereditários.
“A prevenção e o controle estão ligados a uma alimentação adequada, prática de exercícios físicos, ou seja, a um estilo de vida saudável”, finaliza Jocelene.