Foi durante coletiva de imprensa na Casa Civil que o governador Tião Viana, acompanhado da equipe da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), da vice-governadora Nazareth Araújo e do assessor Especial de Juventude, Weverton Matias, anunciou a implantação do ensino integral no Acre, já em 2017. Para a efetivação do modelo nas primeiras sete escolas de Rio Branco, o Estado investirá R$ 21 milhões.
A mudança revolucionária na educação pública acreana marca uma nova era na política educacional do Estado.
Numa luta intensa junto ao Ministério da Educação, Tião Viana conseguiu a liberação de mais R$ 7 milhões para a implantação do modelo, ou seja, para cada um real que o governo federal destina, o governo do Acre investe três vezes mais no ensino público.
“Somos o primeiro estado da Amazônia a dar esse passo, que representa a transferência de um novo destino para a juventude. É um passo de ruptura com o modelo tradicional para construir um projeto de vida para os jovens. A partir do sucesso das primeiras escolas, vamos incorporando outras até chegar a uma meta de 100% para o futuro”, garantiu Tião Viana.
O secretário de Estado de Educação, Marco Brandão, contou que as primeiras escolas a adotarem o ensino integral serão a Armando Nogueira, Sebastião Pedroza, Boa União, Humberto Soares e José Ribamar Batista (Ejorb).
Outras duas estão concluindo as definições finais para adesão ao modelo. O governo não está somente aumentando a jornada escolar, mas diversificando o processo de aprender e ensinar.
“Esse modelo de escola pauta-se no Projeto de Vida e no protagonismo dos jovens. É uma escola dinâmica, que busca fortalecer a formação acadêmica dos jovens, em uma formação transdiciplinar e com amplo processo de colaboração entre todos os segmentos da comunidade escolar: pais, alunos e instituições de governo. Esse é o caminho que vai fazer uma transformação na nossa juventude”, contou o gestor.
Um marco na educação pública
Para o diretor da Escola Sebastião Pedroza, Mauro Sérgio, o novo modelo representa um marco da educação pública que colocará o ensino do Acre nas cabeceiras das avaliações nacionais.
“É um passo revolucionário. Vai melhorar em tudo, não há dúvida do sucesso desse projeto. É uma qualidade melhor para o trabalho dos professores e irá fazer os alunos protagonistas da escola”, disse.
Já Cláudia Valente, coordenadora de ensino da escola Boa União, agradeceu ao governador pelo olhar inovador em direção ao futuro de tantos jovens. “Eu sei que a partir de hoje a educação do Acre abraça um marco positivo. Já estamos tendo muita procura na nossa escola. Acreditamos no sucesso desse programa e vamos escrever nosso nome na revolução da educação pública acreana”, afirmou.
A diretora da Ejorb, Sirlene Luz, disse que o novo modelo representa uma forte possibilidade para que os jovens não se encaminhem para a violência.
“Na medida que a gente consiga manter esses meninos mais tempo dentro da sala de aula, há menos risco de que eles se envolvam com a violência. Além do mais, a possibilidade de aprendizado será ampliada. É algo revolucionário, que trará esperança, futuro e garantia para os nossos alunos. É uma oportunidade que marcará essa nova geração”, disse a diretora.
Como será o novo modelo de ensino?
Um aspecto fundamental é que os alunos desenvolvam competências e habilidades sintonizadas com o século 21, ou seja, mais interação com este tempo. Na escola tradicional, o estudante tem de três a quatro horas de aula por dia. Já na educação integral, as aulas se iniciarão as 7h30 e o aluno permanece na escola até 17 horas, sendo a ele oferecidas todas as refeições necessárias. Serão mantidos os 13 componentes curriculares, porém, de maneira diferenciada e com novas metodologias.
Outro diferencial é que os alunos serão direcionados para as áreas que visam seguir carreiras, sendo impulsionados de acordo com as disciplinas correspondentes, de acordo com a escolha, sejam humanas, exatas ou biológicas.
Todos os alunos atendidos cursam as mesmas disciplinas e oficinas no contraturno escolar A além disso, terão aulas de idiomas como inglês, francês, espanhol e italiano. Outras vantagens da escola em tempo integral são a melhora do rendimento escolar, o preenchimento das necessidades extracurriculares de seus alunos, a tranquilidade dos pais e um melhor aproveitamento do tempo ocioso.