Terminou nesta sexta-feira, 12, a primeira Oficina de Gênero, Florestas e Mudanças Climáticas, promovida pelo Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais do Acre (IMC), em parceria com a Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres (Sepmulheres), a Rede Acreana de Mulheres e Homens, o World Wide Fund for Nature (WWF), SOS Amazônia e a Universidade da Flórida (UF).
Durante três dias, produtoras rurais, extrativistas, indígenas e representantes de associações e organizações não governamentais (ONG) assistiram a palestras e participaram de debates sobre o Sistema de Incentivos a Serviços Ambientais (Sisa). O Sisa é um programa criado para redução de emissão de gases e do desmatamento, por meio do ISA carbono, a primeira fase implantada no Acre.
A presidente da Associação Agroextrativista da Reserva Extrativista do Rio Liberdade, Maria Renilda Santana, de Cruzeiro do Sul, destaca os investimentos que as comunidades receberam por meio do Sisa e que tanto têm transformado a vida dos produtores. “A gente estava sendo contemplado, mas não entendia direito de onde vinha esse investimento. A gente sabia que era o governo, mas não imaginava de que forma o Sisa funcionava, então essa oficina foi importante por isso”, disse.
A diretora técnica do IMC, Vera Reis, aponta os principais encaminhamentos gerados durante o encontro, ressaltando o protagonismo das trabalhadoras rurais, em relação a redução do desmatamento no estado. “Hoje, no encerramento, nós tivemos apresentações surpreendentes. Essas mulheres mostraram verdadeira preocupação e boa vontade em serem aliadas do governo do Estado na promoção da política de baixo carbono”, destacou.
As participantes do encontro propuseram, entre outras atividades, que o Sisa fosse o tema da próxima edição da Marcha das Margaridas, realizada anualmente por mulheres do campo e da floresta, integrantes do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e de movimentos feministas.