Em etapa preparatória para a realização do Inquérito Epidemiológico de Prevalência de Tuberculose e Brucelose Bovina no Acre, equipes do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) estão fazendo uma atualização cadastral em propriedades de difícil acesso.
Em Feijó, na última semana, técnicos percorreram os rios para coletar informações que vão servir de base para o inquérito que credencia o estado como livre dessas doenças.
Percorrendo os rio Paraná do Ouro e médio Envira, a equipe visitou mais de 40 propriedades.
A chefe da unidade do Idaf em Feijó, médica veterinária Mariana Benevides, falou sobre o trabalho realizado: “A perspectiva da proximidade do Idaf aos produtores de difícil acesso estreita os laços que devemos ter, o que uma garante uma melhor defesa animal em nossa região”.
Com um rebanho bovino estimado em mais de três milhões de animais, o Acre tem uma meta de permanecer livre da aftosa e outras doenças.
“O estado é reconhecido como zona livre da doença há 11 anos pela Organização Mundial de Saúde Animal, resultado do compromisso de nossos técnicos e equipes”, afirma o diretor-presidente do Idaf, Ronaldo Queiroz.
Em 2016, o instituto atingiu a cobertura de 98,7% de vacinação do rebanho. “Produtores que mantêm seus animais sadios fazem questão de mostrar os animais”, afirma Mariana, explicando também que foram visitadas unidades em busca de inadimplência e que tenham faltado realizar a vacinação nos animais.
Inquérito
Seguindo o cronograma para o inquérito, na próxima semana será realizada uma capacitação dos técnicos, agentes agropecuários e médicos veterinários para coleta e organização das informações.
A atividade faz parte de um convênio com o Ministério da Agricultura que reestrutura e implementa o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e fortalece as ações de defesa agropecuária.
Serão cerca de 600 propriedades visitadas, nas quais será feita a coleta em animais acima de 24 meses. “Temos uma ótima equipe, coesa e comprometida com o serviço de qualidade. Vamos chegar em cada uma dessas propriedades com veterinários e agentes agropecuários, de barco, a cavalo, de quadriciclo, não importa como seja”, afirma Ronaldo.