Na última sexta-feira, 18, representantes da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM) visitaram o município de Assis Brasil para a realização de uma reunião ampliada sobre o fluxo migratório do Alto Acre.
O encontro foi convocado pelo governo, após pedido do prefeito de Assis Brasil, Jerry Corrêa, na busca de uma maior colaboração dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia na acolhida de migrantes. “Fico feliz de ver tantas instituições, com poder de mudança, comprometidas com essa causa. Parabenizo, principalmente, o apoio prestado pelo Estado, que se preocupa com o bom funcionamento do fluxo migratório”, declara Corrêa.
Na ocasião, o prefeito apresentou um futuro projeto de reestruturação do abrigo de migrantes de seu município, propiciando mais dignidade para as pessoas que passam por Assis Brasil. Ele declara que, para a viabilização da obra, está na busca de captação de recursos.
A titular da SEASDHM, Ana Paula Lima, se compromete com a pauta migratória e, representando o Estado, se põe à disposição, sempre articulando e apoiando os municípios e as demais instituições, na garantia de direitos dos migrantes. A gestora compreende as limitações encontradas na promoção de políticas públicas, mas reforça a necessidade do fortalecimento da rede de apoio e o envolvimento pleno de todos os envolvidos.
“Não podemos nos acomodar com a questão migratória. O trabalho com migrantes não é apenas acolher. Há muitas questões que acompanham a temática e precisamos lidar com todas elas”, alerta a secretária da pasta.
Na reunião, a organização humanitária internacional da igreja católica (Cáritas), também esteve presente e está trabalhando em rede, diante da migração do Alto Acre, unindo o Brasil, Peru e Bolívia. Uma das pessoas envolvidas na organização que marcou presença foi Carol Pezo, da região de Madre de Dios, no Peru, que relatou muitas das ações de violência e exploração que os migrantes passam durante suas viagens.
O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Vilhena, ouviu todas as questões que o Alto Acre enfrenta e ressalta: “Vamos levar ao mundo o que o Brasil tem de melhor! Não há em lugar nenhum um povo tão acolhedor e solidário. É necessário permitir o acesso às políticas públicas a todos, engajando a população e os políticos, reafirmando a temática e progredindo cada vez mais”.