Mesmo sendo um evento realizado pela Comissão Organizadora de Comitivas, a Cavalgada já tem cunho de festa popular que marca o início da Expoacre. Para a edição 2015, algumas mudanças entrarão em vigor, de acordo com exigências do Ministério Público do Acre, que reuniu instituições governamentais nos últimos dias e determinou que, caso as medidas não fossem cumpridas, a Cavalgada seria proibida no Estado.
De acordo com a secretária de Estado de Turismo e Lazer, Rachel Moreira, a parceria com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) será fundamental para coibir ações mal intencionadas, como, por exemplo, descuidos e maus-tratos aos animais.
“É preciso ficar muito claro que todas as exigências partiram do MP, que contou com o apoio das instituições, para que nós tenhamos um evento tranquilo e sem ocorrências desagradáveis, haja vista que a Cavalgada já faz parte do nosso calendário estadual e atrai muitos turistas durante sua realização”, salienta.
Sobre as principais medidas, Rachel é enfática: “Está expressamente proibido o uso de esporas e chicotes, além de garupas. O proprietário precisa ainda fazer a inscrição do animal, bem como realizar o transporte correto dele até a cidade”.
Donos de animais também deverão assinar o regulamento do evento, que foi construído com base no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Quem descumprir qualquer medida será responsabilizado”, completa.
O Idaf ficará responsável por cumprir a legislação de Defesa e Inspeção Zoossanitária. Segundo o diretor-presidente do Idaf, Mamed Dankar, pelo menos cinco equipes da instituição trabalharão em parceria com a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal, fazendo a fiscalização nas barreiras fixas e móveis nas estradas. “O objetivo é verificar o transporte dos equídeos, desde a saída deles da propriedade até o local do evento, e da mesma forma o retorno deles”, explicou.
Além do exame de anemia infecciosa, também será exigida do proprietário a Guia de Trânsito Animal (GTA), que poderá ser emitida nos escritórios do Idaf. “Quem deixar de apresentar esses documentos não poderá participar”, conclui Dankar.