Parte da alimentação que será oferecida aos atletas que devem participar das Olímpiadas de 2016 sairá do Acre. Uma das espécies de peixe mais cobiçada na Região Norte, o pirarucu foi escolhido para compor o cardápio dos competidores. Para garantir que o produto esteja na mesa dos atletas, o governo do Estado cumpre algumas exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI).
O processo de certificação teve início com a publicação de uma instrução normativa que regulamenta a exportação do pirarucu, espécie considerada vulnerável. Além disso, determina o cadastro e licenciamento da atividade no estado.
No Acre, comunidades de Feijó realizam o manejo do pirarucu em lagos nativos, por intermédio de um projeto do Wide World Fund for Nature (WWF) em parceria com o governo.
Por meio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), o governo também regulamentou os acordos de pesca para que as comunidades que estão próximas aos lagos atendam os critérios previstos no modelo tradicional de manejo.
“Com a regulamentação dessa atividade, o governo está criando uma alternativa produtiva que reforça toda a cadeia, especialmente porque permite a exportação, que valoriza e incentiva os produtores”, ressalta o diretor-presidente do Imac, Pedro Longo.