Após a publicação do Decreto de Emergência Ambiental, no último dia 5, o governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), reuniu os órgãos de Comando e Controle para apresentar dados relacionados aos focos de queimadas e alertas de desmatamento mapeados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), além de deliberar as ações relacionadas à campanha de conscientização que será lançada nos próximos dias.
O encontro reuniu os membros do Comitê de Ações Integradas de Meio Ambiente, nesta quarta-feira, 12, na sede da Semapi, em Rio Branco, a fim de traçar metas e reforçar a tomada de decisões para coibir os ilícitos ambientais durante o período crítico, em razão da alta probabilidade de ocorrência de incêndios florestais, diante dos baixos índices de chuvas no estado.
Na oportunidade, foram apresentadas aos representantes dos órgãos as atividades da Sala de Situação, coordenada pela Semapi.
A secretária do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, Julie Messias, que é presidente do comitê, falou da importância da participação dos órgãos e da transparência dos dados mapeados. Ela apresentou os resultados positivos de redução de alertas de desmatamento focos de queimadas nos primeiros seis meses, e disse que o trabalho continua.
“Estamos atuando nessa força-tarefa com todos os órgãos. Sabemos que estamos no período crítico e por isso é importante nos reunirmos, a fim de apresentar todas as tomadas de decisões e atuar em consonância. Hoje apresentamos os dados do Cigma, que são importantes no sentido de saber onde atuar. Temos dez municípios em situação crítica e vamos pessoalmente a esses locais para conhecer de perto a situação”, afirmou.
O diretor presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), André Hassem, reforçou que o órgão está em campo atuando: “Já nos reunimos e programamos as ações entre o governo e o Ministério Público, para atividades conjuntas no sentido de fortalecer o combate e a tomada de decisões, além das atividades de fiscalização que estão em curso contra as queimadas e o desmatamento”.
O promotor Luis Henrique Rolim, do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural e Habitação e Urbanismo (Caop/Maphu), disse que a reunião foi importante no sentido de alinhar as ações neste período crítico, frisando que o MP é parceiro do governo.
“Observou-se que há uma boa governança na articulação das ações, por meio da Semapi, Imac e demais órgãos envolvidos. A apresentação que o Cigma tem feito e mapeado é de extrema importância e mostra o compromisso no sentido de dar transparência aos dados”, afirmou.