Uma importante estratégia de enfrentamento à criminalidade, a identificação biométrica de pessoas que se encontram encarceradas no Sistema Prisional do Acre possibilitará a verificação do seu envolvimento em crimes não solucionados. O procedimento se dará por meio de projeto realizado em parceria entre o governo do Estado, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a Polícia Federal e o Poder Judiciário estadual.
O projeto consiste no confronto das impressões digitais dos detentos com aquelas obtidas em locais de crime e em drogas apreendidas pelas forças de segurança de fronteira. A coleta de biometria incluirá a obtenção das impressões digitais, registro fotográfico de frente e perfil e a anotação dos dados pessoais de cada apenado.
O objetivo é verificar o envolvimento de custodiados do sistema prisional do estado com crimes não solucionados, praticados em todo o território nacional, que possuam fragmentos de impressões papilares armazenados no banco de dados da Polícia Federal. Inicialmente, o projeto tem como público-alvo os detentos de Rio Branco.
De acordo com cronograma inicial da Polícia Federal, tendo em vista questões logísticas e operacionais, a execução do projeto será dividida em duas etapas. Na primeira, serão identificados somente os apenados envolvidos em crimes contra o patrimônio, devendo essa etapa se encerrar em janeiro de 2022. Posteriormente, será executada a segunda etapa, com a identificação dos detentos que cumprem penas por crimes de natureza grave, não patrimoniais.
Para o presidente do Iapen, Arlenilson Cunha, o projeto auxiliará no processo de identificação já em execução no Iapen, por meio da implantação do Sistema de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Siapen/AC). “Serão realizados 30 atendimentos diários pelos profissionais da Polícia Federal. Esse material coletado será também inserido no Siapen e, assim, teremos um sistema mais completo e com informações disponíveis para embasar o serviço dos nossos servidores”, afirma.