Mais de 800 quilos de carne que estava sendo processada para ser transformada em charque foram apreendidos por uma equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), do governo do Estado, na manhã desta quinta-feira, 17, em Rio Branco.
O produto, impróprio para consumo humano, estava sendo industrializado numa empresa de laticínios na região alta da cidade, que foi multada em R$ 1,8 mil. O charque, produzido de forma ilegal, renderia à empesa mais de R$ 16 mil na sua destinação final: pequenos comércios e mercadinhos da cidade.
É a segunda grande apreensão do Idaf em 2018. Ainda no segundo semestre deste ano, os fiscais do instituto apreenderam 1,5 tonelada de queijo estragado em uma empresa de produtos pasteurizados também na capital. No caso de a empresa reincidir, uma nova multa pode chegar até 50 vezes o valor da infração inicial.
“Nesta apreensão de carne bovina, observamos que os funcionários da fábrica manipulavam carne de sangria para fazer o charque. Esse tipo é de quarta qualidade. Não serve para consumo. E para agravar, ela estava acondicionada no chão”, explica o médico veterinário Jonas Celestrini Junior, da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Gipoa), órgão do Idaf.
Segundo o gerente de inspeção, Anderson Silva Vasconcelos, fornecer ou comprar carne sem o carimbo do Idaf é um risco à saúde. “É preciso que as pessoas verifiquem se o estabelecimento tem alvará de funcionamento e se o ambiente apresenta um aspecto agradável e limpo. Essa condição evita que as pessoas sejam lesadas no que há de mais precioso para elas, que é a saúde.”
A empresa assinou termo em que se compromete adequar o seu funcionamento. Participaram também da operação os veterinários Cleofa Pires da Silva e José Lucinildo, todos do Idaf.