O mandarová, praga que tem a capacidade de destruir plantações inteiras de mandioca em poucos dias, apareceu pela primeira vez em uma propriedade localizada na zona rural de Senador Guiomard.
Durante esta quinta-feira, 18, o diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Mamed Dankar, visitou a plantação para conferir de perto a incidência da lagarta que devora as folhas da planta e prejudica a produção.
A área de 60 hectares plantação de mandioca, onde apareceu a praga, fica no Ramal Progresso, no quilômetro 75 da BR-317, sentido Boca do Acre.
O proprietário Mário Pedro Satti cultiva a espécie há oito anos. “Eu já tinha ouvido falar dessa praga pelas bandas do Juruá, mas por aqui não tinha conhecimento. Em questão de oito dias, as lagartas comeram todas as folhas de uma parte da minha plantação”, contou.
Satti é um dos maiores produtores da região. A produção estimada supera as mil toneladas. Toda a macaxeira colhida é transformada em goma, que é comercializada com todas as redes de supermercados da capital. “Eu preciso fazer alguma coisa. Tenho um grande investimento e não posso nem pensar em perder a minha produção”, relatou.
Combate com baculovírus e inseticida químico
Assim que soube da incidência da praga, a direção do Idaf determinou que os técnicos do Órgão tomassem todas as medidas necessárias para combater o mandarová.
Da mesma forma que foi feita na região do Juruá, o combate será feito com o baculovírus, inseticida natural produzido a partir da própria lagarta, e inseticida químico, caso seja necessário.
“Aqui é um plantio muito grande. Como o produtor não tinha experiência com a lagarta, demorou muito para nos avisar. Mesmo assim, nossa equipe já está trabalhando no local, e vamos agir para dizimar a praga e evitar prejuízos ao agricultor”, afirmou Dankar, diretor-presidente do Idaf.