O governo do Acre participou, nos últimos dias, em Brasília, de debates para a construção do Plano Nacional de Vigilância Sanitária Vegetal e Animal nas fronteiras brasileiras. Representantes dos 11 estados do Brasil que fazem fronteira com outros países foram convidados para o encontro.
A intenção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é criar mecanismos ainda mais eficazes para proteger o agronegócio brasileiro de doenças e pragas que podem comprometer a produção.
Para esse fortalecimento, os estados foram convidados para ajudar no levantamento das dificuldades encontradas para a proteção da área de fronteira.
Suhelen Alves, coordenadora de Vigilância Sanitária do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) representou o governo do estado. “Aqui no Acre temos uma parceria muito forte com o ministério. Foi importante a participação, porque são os estados que têm mais conhecimento dos gargalos que dificultam o serviço de fiscalização”, afirma.
Suhelen teve a oportunidade de falar da experiência do Idaf acreano na vigilância da fronteira, com o serviço de barreira sanitária que é realizado para fiscalizar a entrada de animais e vegetais no país, por meio do Acre.
Um exemplo da preocupação com a sanidade vegetal é a incidência da monilíase do cacaueiro, que é um fungo que ataca plantações de cacau e cupuaçu e que pode danificar em 100% os frutos. Apesar de não existir registro no Acre, a doença está presente em um raio de apenas 200 quilômetros na fronteira do estado.
“Nossa agricultura está crescendo e precisamos cada dia mais intensificar a fiscalização. Essa reunião técnica com os estados vai fornecer os elementos necessários para a construção do plano”, destaca Suhelen.