Técnicos que atuam na área ambiental e produção familiar da região do Alto Acre estiveram reunidos nesta quinta-feira, 19, em Brasileia, para participar da qualificação acerca das Ações de Defesa Vegetal e Monitoramento da Monilíase, praga que atinge plantios de cacau e cupuaçu, ministrada pela equipe de engenheiros agrônomos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf/AC).

“A Monilíase já se encontra bem próximo da fronteira, há cerca de 50 quilômetros da fronteira do Acre com a Bolívia. O objetivo desse curso é oferecer aos extensionistas o conhecimento necessário para identificar, em campo, a doença e, posteriormente notificar os órgãos de defesa que são o Idaf/AC e o Ministério da Agricultura”, explica Samuel Almeida, coordenador de Educação Sanitária do Instituto.

O servidor da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) de Epitaciolândia, Raimundo Alves da Costa, destacou que o treinamento facilita na compreensão do quão perigosa pode ser a praga que afeta frutos do cupuaçu e cacau.

“A gente vai entender realmente como age esse fungo que está se aproximando da nossa região. Nós temos que ter o cuidado, começar a se preocupar com a situação e informar os pequenos produtores para identificar casos que possam acontecer na nossa região”, observou Raimundo da Costa.

Plano de ações estratégicas

A atividade faz parte do plano de ações que foi estabelecido durante a realização do Curso de Emergência Fitossanitária em Monilíase do Cacaueiro em Porto Velho (RO), ocorrido há um mês. O encontro foi realizado pelo governo de Rondônia, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Participaram da qualificação equipes do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Paraná, Bahia e do Peru.

Força-tarefa pela segurança sanitária

O coordenador-geral de Proteção de Plantas do MAPA, Paulo Parisi, esteve no Acre na semana passada para realizar reuniões técnicas com a equipe do Idaf, Embrapa e da SFA/AC acerca das ações de monitoramento da Monilíase do Cacaueiro e Cupuaçuzeiro, reconhecendo que o Acre é considerando região de alto risco para a introdução da praga no país por meio de suas fronteiras com Peru e Bolívia, locais onde a doença já foi identificada.

Na ocasião, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre as instituições parceiras e repasses financeiros para o Estado por meio de convênio. Com o Idaf foi firmado a liberação de aproximadamente R$ 200 mil destinados a ações de monitoramento e fiscalização nos municípios do estado.

“O MAPA e a SFA do Acre [Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Acre] são parceiros fundamentais do Idaf para evitar que a Monilíase entre no nosso território. O MAPA está liberando recursos para as ações e prestando apoio para que possamos desempenhar as atividades de defesa vegetal”, concluiu Ronaldo Queiróz, diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária Florestal.