O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) no Acre integra trabalhos na área animal e vegetal. Na agricultura, o Departamento de Defesa e Inspeção Sanitária Vegetal disponibiliza assistência técnica aos trabalhadores do campo e intervem em assuntos de prevenção em tratamento de pragas que venham a invadir as plantações.
Além desse trabalho, o instituto atua na inspeção de produtos agroindustriais e advindos da mandioca, como a farinha, o tucupi e outros que ingressam no estado, a fim de evitar a entrada de novas pragas que possam destruir a produção desses produtos.
Neste ano, após o ataque severo de uma espécie de praga chamada mandarová em seringais, o Idaf implantou procedimentos de dedetização das plantações do local, com um tipo de remédio chamado “Baculovírus”.
“Esse tipo de veneno não danifica o meio ambiente, porém, interfere apenas até as fases iniciais da praga. Se elas estiverem na fase adulta, o remédio não surte efeito e, infelizmente, temos que usar outro tipo de agrotóxico mais forte”, explica Oder Gurgel, coordenador de fiscalização de agrotóxicos do Idaf.
A praga que chegou aos seringais tomou grande proporção. A técnica da Defesa e Inspeção Sanitária Vegetal do Idaf Joelma Pais conta que os lagartos atacaram espaços altos, de difícil acesso, e ainda se espalharam por grande parte do roçado. “Eles atingiram as copas das árvores, tornando difícil atuarmos no combate, por conta do acesso”, explicou.
O mandarová ataca principalmente a macaxeira, o que compromete a produção de produtos feitos a partir do tubérculo. Os ataques de lagartos levam ao desfolhamento severo, impossibilitando a fotossíntese, e podem causar danos de até 100% das plantações.
O Idaf atualmente trabalha diretamente com os agricultores, oferecendo educação sanitária para os produtores por meio de palestras e ensinando como evitar e vistoriar as plantações para que o ataque seja prevenido.
O instituto também realiza fiscalização nas divisas de Peru, Bolívia e Senador Guiomard, explicando aos trabalhadores a importância de ter cuidado ao transportar frutos, plantas e alimentos vindos dos países vizinhos “Esse trabalho possibilita que os agricultores saibam como evitar ao máximo a entrada de pragas nos roçados”, esclarece Gurgel.