Os governos federal e do Acre, por meio do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), realizam, nesta semana, na unidade do Instituto Dom Moacyr (IDM), Escola da Floresta Roberval Cardoso, a capacitação de ex-alunos, com o objetivo de discutir os serviços e planejar as atividades sobre a organização social, produção e a comercialização a serem executadas nas unidades de conservação do Estado, Resex (Reservas Extrativistas) Chico Mendes, Cazumbá/Iracema e Alto Juruá, atendendo 3.900 famílias.
O evento contou com a presença de entidades contratadas pelo Incra, prestadoras de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates). O encontro está sob a coordenação do engenheiro agrônomo Márcio Rodrigo, do Incra/Acre.
Entre os profissionais contratados pelas prestadoras de Ates, 50% se formaram na Escola da Floresta e firmaram um contrato de 30 meses, com remuneração que varia de quatro a oito salários mínimos e meio.
As atividades desenvolvidas levam em consideração as condicionantes ambientais, com o objetivo de geração de renda e acesso a serviços básicos como educação, saúde e lazer, beneficiando os que moram nas reservas.
A Escola provoca grande transformação na vida dos que receberam a formação, como afirma Ângelo Oliveira, técnico agroflorestal formado pelo IDM: “Tudo mudou em minha vida. Trabalhava na agricultura de subsistência com minha mãe e num pequeno empreendimento nosso. Depois de formado, ganhei independência financeira e conheci praticamente todos os municípios do estado com esse trabalho”.
Para Marciane de Araújo, gestora ambiental formada pelo IDM, o curso abriu muitas portas para novos conhecimentos. “Levei comigo muitos princípios, aprendizados e valores. Foi por meio da formação que me inseri na vida profissional”, relata.
“O governo do Estado valoriza a formação dos profissionais que atuam no atendimento às comunidades rurais com ênfase no desenvolvimento ambiental e social, que visam garantir a assistência do homem do campo, para que ele tenha qualidade de vida, diminuindo, assim, o êxodo rural”, enfatiza Marco Brandão, diretor-presidente do IDM.