O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a maior causa de morte no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). Por ano, são registrados de 340 a 400 mil casos de IAM no país, dos quais, cerca de 80 mil culminam em óbito do paciente.
No Acre, de 2007 a 2014, há o registro de 942 pessoas internadas em unidades de saúde em decorrência de IAM. Destas, 214 vieram a óbito. Rio Branco registra o maior número de óbitos, com 195.
A cardiologista e secretária adjunta de Atenção à Saúde do Acre, Paula Mariano, comenta sobre as principais causas, fatores de risco e prevenção dessa síndrome cardiovascular, decorrente da falta de oxigenação no órgão.
De acordo com Paula, histórico familiar, idade e hábitos de vida são fatores de risco para a doença. “Pessoas com histórico de infarto na família, fumantes, diabéticos e hipertensos estão dentro do grupo de risco. Essas pessoas devem fazer avaliações regulares para evitar surpresas”, explica.
Os sintomas mais recorrentes são dor ou forte pressão no peito por mais de 20 minutos que pode refletir nos ombros, braços, pescoço e maxilar, dor abdominal, suor, palidez, falta de ar, perda temporária de consciência, náuseas e vômito. “Ao sentir qualquer um desses sintomas, é imprescindível buscar atendimento de saúde o mais rápido possível”, alerta a médica.
A cardiologista chamou a atenção para o aumento do número de casos de infarto entre as mulheres. “Elas representam cerca de 30% dos casos, devido ao aumento de fatores nesse público, como obesidade, fumo, hipertensão e alteração nos níveis de colesterol. Há alguns anos, o percentual era de 10%”, alerta.
Segundo Paula Mariano, a melhor forma de prevenção contra o IAM ainda é manter um estilo de vida saudável. “Uma dieta equilibrada, com ingestão de fibras, frutas, vegetais e cereais, além da prática regular de atividades físicas, controle do peso e do estresse, dormir bem e abandonar o cigarro são fatores determinantes para evitar não só um infarto, como outras doenças”, finaliza.