O satélite de referência do Centro de Prevenção do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe) aponta que, somente, nos departamentos de Beni, Santa Cruz e Pando – estado da Bolívia –, nos últimos dois dias, foram registrados 20 mil focos de calor.
Em decorrência dos ventos Sul, a fumaça, gerada por queimadas realizadas na Bolívia, em Rondônia, Amazonas e Mato Grosso, tem causado danos à saúde da população acreana.
Ainda segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Acre ocupa a oitava posição no ranking de focos de calor dos Estados que compõem a Amazônia Legal. Mato Grosso, Tocantins e Pará lideram em termos de ocorrência.
A soma das ocorrências de queimadas no Mato Grosso e Amazonas resultam em 23,4 mil focos, gerando um total de 43,4 mil pontos de calor no entorno de Rio Branco, se somadas aos registros das cidades bolivianas.
Em todo o Acre, nos dois últimos dias, foram registrados 1,575 focos de calor, enquanto em Rio Branco o número cai para 368. Já o acumulado de todos os satélites na Amazônia Legal, de janeiro a agosto foram de 612,326 mil queimadas. Desse total, 3,5% foi produzido no Acre.
“Não estamos dizendo ou negando a existência de queimadas no Acre, por isso estamos atentos e fiscalizando de forma bastante rígida. Porém, o que aconteceu nos últimos dois dias foi um deslocamento de fumaça, vindo das regiões de entorno com o Acre, que estacionou sobre Rio Branco”, explica o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus.
Nesta quinta-feira, 25, a direção dos ventos mudou e a massa de fumaça está indo em direção à Bolívia.