Em maio deste ano, o Acre deu um grande passo para consolidar a criação de suínos como uma atividade produtiva importante para sua economia quando conseguiu, na França, o reconhecimento internacional como zona livre da peste suína clássica pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O desafio do governo do estadual, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), é promover políticas públicas que mantenham o status, que é de suma importância para o desenvolvimento da suinocultura no Estado.
É o caso do inquérito sorológico que vem sendo realizado em todas as regiões do Acre, para atestar que o rebanho está livre da peste suína.
O trabalho tem por objetivo coletar o sangue de cerca de 1,3 mil animais acima de oito meses de idade – que são considerados adultos -, em 290 propriedades rurais, e enviar a um laboratório credenciado, que faz a análise do material.
“A peste suína é uma doença viral de alto contágio, já que os suínos se contaminam muito facilmente quando existe outro animal com a doença. E por ser de notificação obrigatória para a OIE, nós enviamos o resultado ao Ministério da Agricultura, que o repassa à Organização Mundial de Saúde Animal”, explica o gerente do programa de sanidade suína do Idaf, Danilo Mazzo.
Estado possui mais de 70 mil suínos
Segundo levantamento da defesa agropecuária, em todo o Estado existem suínos em 5,4 mil propriedades rurais, 42 granjas e uma unidade produtiva de leitões (UPL) em Brasileia. O rebanho suíno acreano é estimado em 73 mil animais.
Na manhã desta terça-feira, 21, servidores do Idaf realizaram a coleta do sangue de animais em propriedades de Bujari.
Uma delas fica no quilômetro 2 do Ramal Uberaba. Francisco de Assis Souza tem na criação de suínos uma das fontes de renda da família. “É um trabalho de grande importância que o Idaf está fazendo aqui na minha propriedade. Este acompanhamento faz com que a gente possa oferecer um alimento de qualidade para as pessoas”, destaca.
O Idaf estima que o trabalho de coleta de sangue no Estado ainda demore cerca de 40 dias.
“O Acre fez um grande investimento, em parceria com a iniciativa privada, na cadeia produtiva dos suínos no Estado. Nosso esforço é para que cada vez tenhamos um rebanho de qualidade, para que nossa carne suína continue alcançando novos mercados no Brasil e no exterior”, afirma Ronaldo Queiróz, diretor-presidente do Idaf.