Assessoria de Comunicação do Núcleo da SEE/CZS
Oferecer educação de qualidade nas escolas do campo, ribeirinhas e extrativistas da cidade acreana de Cruzeiro do Sul não é uma missão muito fácil, principalmente, por estar localizada na microrregião mais ocidental do estado, com áreas rurais de difícil acesso. No entanto, o Governo do Estado do Acre e a Secretaria de Educação, através do Núcleo regional, vêm rompendo barreiras geográficas e levando investimentos para as escolas mais afastadas do município.
Nos últimos anos, o Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser) já investiu quase R$ 2 milhões em melhorias das estruturas físicas das escolas rurais, como também recursos próprios do Governo do Acre e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), beneficiando o município cruzeirense. Os valores englobam diferentes serviços, desde reformas, ampliações e construções de novas sedes, poços artesianos, até a compra de equipamentos, caminhonetes adaptadas e ônibus escolares.
Desde que assumiu o Núcleo de Educação em Cruzeiro do Sul, a coordenadora Ruth Bernardino tem realizado um trabalho incansável de acompanhamento nas unidades. Das 40 escolas rurais do município, apenas as das comunidades do Alto Liberdade, ainda não foram visitadas. Ruth explica que os investimentos são formas de garantir que os moradores de comunidades distantes do centro urbano tenham condições de estudar e, assim, não precisar migrar do campo para a cidade.
“Se a comunidade tem uma escola com estrutura e quadro docente bom, dificilmente vai querer migrar do campo para a cidade em busca de educação. As construções, ampliações e reformas garantem isso, que eles tenham escolas de qualidades no lugar onde vivem”, destacou Ruth.
Na região há muitas comunidades de difícil acesso, as quais o ingresso no inverno só é possível por via fluvial, e terrestre por meio de quadriciclo. Esse motivo torna os deslocamentos até elas um desafio para quem leva assistência, principalmente em infraestrutura, já que é necessária uma logística maior para chegarem os materiais.
“Em algumas localidades só é possível chegar de barco quando o rio está cheio, um exemplo disso, são as áreas ribeirinhas do Monteiro, no Alto Liberdade. E tem alguns ramais e colocações em que a dificuldade é ainda maior, porque temos que enfrentar estradas de barro e no período das chuvas só da pra chegar a pé, carroça, e no caso da Secretaria, a assistência só se for de quadriciclo”, ressaltou Ruth Bernardino.
Apesar dessas especificidades, as equipes do Núcleo da SEE/CZS têm dado assistência às 40 escolas (com equipe e sem equipe gestora) rurais do município acreano, beneficiando diretamente 5.188 alunos da zona rural de Cruzeiro do Sul.
Um exemplo disso é a adequação geral da escola e ampliação de duas salas de aula em alvenaria, com área de circulação coberta na frente das salas, que será realizada na escola rural Rainha da Floresta, última escola estadual no projeto de Assentamento Santa Luzia, km 30, Ramal 3, distante 70 km de Cruzeiro do Sul. Uma área de difícil acesso, que no período invernos da região fica intrafegável.
Na instituição serão investidos R$ 133 mil em infraestrutura, materiais e equipamentos. A escola atende alunos no ensino fundamental e médio do Programa Asas da Florestania.
Além dela, mais 25 escolas rurais estão sendo beneficiadas com reconstruções ou intervenções estruturais: Escola Santa Luzia, Augusto Severo, Dion Thaumaturgo, Humberto de Campos, Marcilio Nunes Ribeiro II, Olavo Bilac, Pedro Benício, Princesa da Floresta, Santa Rita, São Francisco, Sebastiana Silene Valente, Sete de Setembro, Visconde do Rio Branco, Joaquim Nogueira, Magia do Saber, Norberto Assunção Cavalcante, Mauricio Mappes Barroso, Universo Infantil, Maria de Nazaré Santiago, Juarez Ibernon, Cora Coralina, Cruzeiro do Sul, Santa Rita, Ari Rodrigues e José de Alencar.