Dar um pulo, num palco, com alguém estranho e ganhar um livro. Foi isso que a acadêmica de Nutrição, Isla Fernanda Moreira, precisou fazer para levar para casa um livro, durante a realização da segunda edição da ação 1.010 Maneiras de Comprar um Livro sem Dinheiro, realizada neste sábado, 22, e domingo, 23, na Praça da Revolução, centro de Rio Branco, das 14 às 18h.
“Soube pelo Facebook, pelo convite de evento que fizeram [na rede social] e achei a ideia maravilhosa. É muito legal porque tem muita gente participando. Eu mesma divulguei bastante entre meus amigos”, disse Isla Fernanda, enquanto segurava uma edição de Os Maias, clássico da Literatura Portuguesa, escrito por Eça de Queiroz.
A ação 1.010 Maneiras de Comprar um Livro sem Dinheiro consiste em “vender” livros em troca da realização de alguma ação positiva. As ações ficam em cartões colocados dentro dos livros disponibilizados. Ao abrir um exemplar, o interessado deve executar a ação e, assim, conquista a obra escolhida.
“São ações como imitar um sapo, cachorro. Teve quem contou histórias inusitadas, histórias de romance que não deram certo. Tem muita coisa interessante”, disse Ítalo Henrique, do grupo de jovens empreendedores Nexa Acre que está na organização do evento.
O evento é promovido pelo núcleo de alunos que participam de projetos da Junior Achievement Acre (Nexa), em parceria com o governo do Estado, por meio da Assessoria Especial da Juventude (Assejuv) e da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE).
Késia Barroso e Ítalo Henrique, membros da Junior Achievement Acre (Nexa), revelam que nesta edição foram arrecadados mais de três mil livros e, em breve haverá uma edição na Cidade do Povo. Foram duas semanas de arrecadação nas escolas, empresas e em secretarias de governo.
O estudante de Direito, Rammerson Aguiar, aprova a iniciativa e observa que nem mesmo a chuva que caiu no sábado impediu que o público prestigiasse e participasse do evento. “A gente pode verificar que há uma variedade de livros. Isso é de suma importância para a população ter acesso à cultura”, pontuou o estudante.