A Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) possui, em sua estrutura, sete laboratórios que contribuem para o desenvolvimento de pesquisas regionais.
Entre eles está a unidade que trabalhava, a princípio, com óleos vegetais e essências, promovendo a análise e estudo da viabilidade econômica dos insumos para auxiliar os produtores e indicar produtos que possam ser comercializados, mas que passou ter a outra produção em decorrência da pandemia.
A química responsável pelo laboratório de produtos naturais, Gessica Sampaio, conta que atualmente a maior demanda é referente à produção de álcool gel e líquido, fabricado e distribuído aos servidores e órgãos do Estado, como medida de prevenção e combate à Covid-19.
Outro local de estudos que contribui para a qualidade da execução de obras civis, sejam ruas ou edifícios públicos ou privados, é o laboratório de concreto e argamassa, onde é feito o desenvolvimento de pesquisas e a prestação de serviços para empresas de controle tecnológico de concreto.
“Os materiais são enviados e fazemos as análises que testam a resistência para a finalidade pretendida. Além de fazer o estudo e garantir mais segurança, esse trabalho contribui para o processo de fiscalização, em que são comparados os dados do projeto com o material coletado e serve como referência de controle de qualidade para os solicitantes”, relata o pesquisador da Funtac, Willian Abreu.
Já o laboratório de análise do solo faz estudos para o governo ou empresas privadas, testando a resistência dos materiais e os mais indicados a serem utilizados em cada local. “Com isso, sabemos a durabilidade do material para o solo, seja asfalto ou outro”, conta o chefe de departamento da Funtac, Jean Félix.
Campo de Estudo
A Funtac selecionou 30 projetos de estudantes de graduação, que estão sendo desenvolvidos dentro da fundação, além de ofertar 28 bolsas de doutorado e 35 de mestrado, proporcionando um ambiente para o desenvolvimento de pesquisas regionais.
A estudante de mestrado em Geotecnia pela Universidade Nacional de Brasil (UnB) Carla Alves vem desenvolvendo sua pesquisa no laboratório da Funtac desde fevereiro.
“Meu projeto é conhecer a famosa “tabatinga”, da parte mineralógica mesmo, estrutural, ver o comportamento físico e químico dela. Se não fosse pela estrutura disponível aqui, seria impossível fazer”, aponta.