Dizem que uma andorinha só não faz verão. O dito popular cabe exatamente ao cenário de pandemia vivenciado pelos acreanos. Em meio a isso, o esforço para preservar vidas tem que ser empenhado por todos, porque assim como a andorinha, o governo sozinho não é capaz frear as infecções pelo coronavírus. As orientações são as mesmas: uso de máscara, álcool em gel, distanciamento social e, “se puder, fique em casa”.
O estado completou 11 meses de pandemia nesta segunda-feira, 15, registrando lotação de unidades de terapia intensiva (UTI), e o maior número de óbitos em 24 horas desde o início de 2021. Sem conseguir ter uma rotina adequada, as equipes da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) tiveram poucos feriados desfrutados e os finais de semana se somaram aos dias normais de trabalho para garantir que o cenário de outros estados, que tiveram colapso na saúde, não se repita aqui.
No Juruá, cenas foram repercutidas nas redes sociais sobre o cansaço dos profissionais que são o front de enfrentamento à Covid-19, que há quase um ano se desdobram para evitar que mais vidas sejam levadas pelo vírus invisível. Do outro lado, o governador Gladson Cameli, secretário de Estado de Saúde, secretários adjuntos e as equipes da pasta, trabalham, organizam, traçam estratégias, visitam unidades e realizam articulações.
A batalha é travada diariamente, e toda essa movimentação é para evitar o avanço da doença no estado, e para garantir UTIs, respiradores e oxigênio a todos, e não permitir que vidas sejam perdidas pela falta de uma dessas ferramentas.
“Há exatos 11 meses atrás tínhamos dois leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com Covid-19. No decorrer do tempo conseguimos chegar a dez leitos e, hoje, temos 96 leitos de UTI em todo o estado específicos para Covid-19”, explicou a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Paula Mariano.
As UTIs são distribuídas entre a regional do Baixo Acre e Juruá, sendo que no Alto Acre ficam os leitos montados com respiradores. Também, o Estado reforçou a oferta de oxigênio nas unidades, adquirindo mais usinas para a produção do gás, que ficam alocadas nas principais unidades de referência para a Covid-19.
“Houve ainda o reforço nos municípios, principalmente aquelas mais afastados para que os pacientes fossem estabilizados, podendo ser transferidos para os hospitais de referência. Estamos estruturando para abertura de mais leitos clínicos e de UTIs”, pontuou a secretária.
Mais dez leitos de UTI
Até o final da semana, de acordo com Paula Mariano, “serão abertos mais dez leitos de UTI no Pronto-socorro de Rio Branco e mais quarenta leitos clínicos no Hospital do Idoso. Lembrando que apesar da abertura dos leitos, precisamos da colaboração de toda a sociedade”, enfatiza.
As regras sanitárias são indispensáveis para evitar que mais pessoas sejam contaminadas, hospitalizadas, evitando assim, que mais indivíduos precisem de UTIs. O cumprimento dos protocolos funciona como uma corrente pela vida e evita o colapso das unidades de saúde.
“A diminuição dos casos e a elevação de internações depende de cada um de nós. É um pedido que faço, para nos unirmos em prol do bem de cada um, pois é triste você perder uma pessoa para esse vírus. Não é fácil”, finalizou a secretária de Atenção à Saúde, Paula Mariano.