Na manhã desta quinta-feira, 19, os membros do Conselho Inter-Regional Amazônico (CIAM) reuniram-se com representantes do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais (IMC) e com a ONG Earth Innovation Institute (EII), no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac).
No encontro foram discutidas as políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento sustentável do Acre e a experiência jurisdicional do estado na Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+).
Segundo o Earth Innovation Institute, o Acre é pioneiro no modelo de produção sustentável. Um exemplo é redução, em 2015, de 10% do desmatamento ilegal e a implantação do peixe, da castanha, do látex entre outros produtos no mercado respeitando as questões ambientais, sociais e climáticas.
“O Acre foi primeiro estado do mundo que montou toda uma agenda para mudar o modelo de desenvolvimento rural, em vez de tirar a floresta e por gado e agricultura, conseguiu conciliar os dois. O Estado é reconhecido mundialmente por esse trabalho. O próximo passo é traduzir todo esse ganho ambiental num plano de negócio”, disse, o diretor executivo do EII, Daniel Nepstad.
Luis Brinceño, representante do governo peruano no CIAM, falou sobre a importância da troca de experiência com o Acre para o país vizinho.
“É bastante interessante o modelo que estamos encontrando no Acre como promotor do desenvolvimento, e como estão incorporando os agricultores em alguns espaços da comunidade nativa, no caso, por exemplo, da fabricação de camisinhas, ou na fábrica Dom Porquito. Ou seja, são experiências que ilustram de maneira panorâmica para que possamos consolidar o que iniciamos como politica de governo regional.”
Uma nova forma de desenvolvimento a nível mundial está sendo estabelecida onde todo negócio deve ser sustentável e ter o compromisso ambiental e a justiça social envolvida.
“O governo do Acre já possui um sistema de incentivo dos serviços ambientais que estabelece as estratégias e mecanismos para que os negócios sejam realizados juntamente com o mercado internacional”, comentou Magali Medeiros, diretora-presidente do IMC.