Antônia Tamires Noronha nasceu no Seringal Silêncio, no Purus. Aos 14 anos, foi morar com as freiras em Sena Madureira. Algum tempo depois, a mãe teve condições de comprar uma casa no município e elas moraram juntas. Por uma tentativa de vida melhor, vieram para Rio Branco, trabalhar.

Na capital, residiam no bairro Cadeia Velha, e hoje Tamires está desempregada. “Eu vou me livrar de uma opressão na minha vida. Só quem sabe o que é acordar com a água já beirando a cama de um filho pequeno sabe o susto e o medo que vivi. E cada ano eu vivia o desespero de ver meu trabalho se perdendo, porque a água estragava tudo o que eu tinha na minha casa”, desabafa Tamires.

O bairro é em uma área de risco, por isso foi removida de sua casa e passou a ser atendida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds). A antiga casa foi demolida, e por meio do benefício do aluguel social mora atualmente no Jardim São Francisco, aguardando o dia em que receberá a casa própria.

O departamento social da Secretaria de Estado de Habitação, por meio de sua equipe de assistentes sociais, realiza o acompanhamento de todas essas famílias em vulnerabilidades, principalmente no caso de catástrofes naturais. E Tamires já sabe que vai receber uma das 74 casas do loteamento Vale do Carandá. “Meu sonho está muito perto de se realizar. Quase toda semana eu pego minha bicicleta e vou lá ver como está a obra. Todos esses dias eu fico imaginando como vai ser minha casa, como eu vou organizar, a hortinha que quero ter e a felicidade que vai ser esse momento na minha vida”, conta.

As casas do Carandá estão localizadas no bairro João Eduardo II. Elas são tipo sobrado, geminadas duas a duas, e devem ser entregues na próxima semana. Assista às dificuldades e à gratidão no depoimento registrado em vídeo:

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