Rapel, preguiça, salto na água e outros procedimentos de mobilidade e transporte relacionados a operações com o uso do helicóptero foram repassados aos 16 militares que integram o Curso de Ações Táticas Especiais (Cate), ministrado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar.
O treinamento ocorreu numa área próxima a Bujari e contou com o apoio e participação do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). De acordo com o tenente-coronel Josemar Farias, instrutor do Cate, foram treinados procedimentos em situações nas quais o helicóptero não pode pousar, como a água ou uma área de floresta fechada, e situações de alto risco e complexidade.
“O treinamento com o uso do helicóptero fecha a essência do homem de operações especiais, que é preparado para atuar no solo, na água e no ar, tendo habilidades em todas as situações” disse o tenente-coronel.
O Cate é um curso preparatório para os militares da Companhia de Operações Especiais, que é acionada em ocorrências de alto nível de complexidade, como situações com risco de confronto e troca de tiros, reféns e estouro de aparelhos de traficantes (laboratórios de drogas).
O curso tem a duração de 45 dias, e mais de 30 já foram vencidos. Dos 48 militares que iniciaram, apenas 16 resistem ao treinamento exaustivo ao qual são submetidos. O comandante do helicóptero Harpia 01, que participou da ação de treinamento, explica que é determinante ter uma população treinada.
“A aeronave tem uma complexidade de uso que exige um treinamento prévio, pois há situações operacionais em que se não houver uma tripulação treinada existe o risco de morte. O simples fato de se aproximar do helicóptero pode ser fatal, e é preciso estar preparado para agir, pois não se sabe o dia e a hora da próxima ocorrência”, ressaltou o major Cleiton Almeida.