Uma semana após vistoriar os danos causados pela enchente do Rio Acre em Brasileia e Xapuri, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, retornou ao estado nesta terça-feira, 3, para ver de perto a situação de calamidade pública em que se encontra Rio Branco. Acompanhado do governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre, o ministro pode sobrevoar a capital e observar a região de 53 bairros alagados, que atinge 80 mil pessoas. De imediato, o governo federal está liberando R$ 2,5 milhões para a capital.
O valor será voltado, principalmente, para auxiliar a prefeitura que atualmente serve quase 21 mil refeições por dia nos 20 abrigos espalhados pela cidade com mais de sete mil pessoas, além do aluguel de barcos para retirada de famílias e socorro. Também começaram a chegar nesta terça-feira os 17 mil kits humanitários do ministério voltados para limpeza e higienização social.
Em contato com os desabrigados pela cheia do Rio Acre, no Parque de Exposições, o ministro não deixou de se solidarizar com as famílias e reafirmou o esforço do governo federal e estadual para dar uma nova casa para as famílias que moram em áreas de risco. “Eu tive a oportunidade de sobrevoar a calha do rio e é impressionante o tamanho da tragédia que assola Rio Branco. Estamos trabalhando para começar a identificar as famílias e levá-las para os empreendimentos habitacionais do Minha Casa Minha Vida”, disse Gilberto Occhi.
A própria presidente Dilma Rousseff determinou por meio do ministro e do senador Jorge Viana que não falte ajuda aos acreanos. O governador Tião Viana lembrou do esforço de governo para que a burocracia seja derrubada. Já existem cerca de 1.200 casas prontas em conjuntos habitacionais apenas esperando liberação. E o governador também solicitou mais duas mil casas para o Alto Acre e Tarauacá. “O ministro veio para nos dar uma solução mais ampla, mais definitiva, para que as pessoas saiam desse drama que se repete todo ano. O acre sente as mudanças de um fator climático tão forte e precisa de mudanças definitivas”, disse Tião.
O prefeito Marcus Alexandre ressaltou um pedido de agradecimento à população que tem sido forte, solidária e compreensível nesta que está sendo a maior cheia da história da capital. “Depois da cota de 17,66 metros, tudo agora é novidade porque são áreas que não imaginávamos que alagassem. Eu quero agradecer a todos que nos ajudam e pedir mais a colaboração da população, pois precisamos fechar a região central e três das quatro pontes”, disse o prefeito.