O ministro da Integração, Gilberto Occhi, chega nesta sexta-feira, 27, ao Acre com a proposta de liberar recursos para o governo e as prefeituras bancarem os prejuízos das enchentes dos rios acreanos, mas também de contribuir para evitar que os períodos de cheias e secas no Acre deixem de ocorrer quase todos os anos.
Em entrevista que concedeu logo depois de receber, na terça-feira, 24, a bancada federal do Acre, que fora lhe pedir pressa para ajudar os milhares de desabrigados de Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Assis Brasil e Rio Branco, o ministro disse pensar em construir obras estruturantes, como barragens, para evitar as cheias e a falta de água nos cursos dos rios acreanos.
“Na minha ida ao Acre, estarei levando também o secretário de Infraestrutura Hídrica, porque, ao visitar as áreas alagadas, gostaria de começar a fazer uma avaliação por que as cheias e os desastres têm sido tão recorrentes”, assinalou o ministro.
Segundo Occhi, que chega ao estado acompanhado do comando da Defesa Civil Nacional, a quem caberá reconhecer os estados de calamidade pública no Acre, a ideia inicial é construir barragens que podem servir de anteparo para evitar as enchentes e também para armazenar água nos rios na época das secas amazônicas.
“É necessário que a gente pense numa solução definitiva de construirmos algumas barragens, que servirão primeiro para conter essas cheias que sempre ocorrem nesse mesmo período do ano. E depois, quando os rios secam, você pode fazer um represamento de água para a manutenção dela em favor das cidades”, afirmou o ministro.
O ministro da Integração disse considerar que as cidades têm de ser mais bem organizadas e planejadas. “Como nós não vamos mudar as cidades de lugar, temos que encontrar alternativas de obras que minimizem o impacto das cheias”, completou o ministro.
E concluiu: “Nós temos absoluta certeza de que a variação média das cheias na região amazônica, tanto no Rio Madeira quanto no Rio Acre, é de 15 metros. Por isso, temos que trabalhar uma obra maior, para que possamos evitar que as famílias tenham esses sustos permanentes de enchentes”.