Os moradores da Quadra 1B, do bairro Cidade do Povo, em Rio Branco, foram beneficiados com mais uma oficina oferecida pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Habitação de Interesse Social (Sehab), dessa vez de artesanato.
A ação é uma continuidade do Projeto de Trabalho Técnico Social (PTTS) de pós-ocupação da área, que prevê a realização de oficinas, palestras e cursos para a comunidade local.
O encerramento da ação, com entrega de certificados para os participantes, foi realizado na tarde desta quinta-feira, 26.
Os 17 participantes produziram peças artesanais utilizando materiais recicláveis como caixas de leite, embalagens vazias de margarinas, papelões e retalhos de tecidos. O resultado foi a confecção de kits higiene para quarto de bebê e caixas decoradas para usos diversos.
Ex-moradora do bairro Seis de Agosto, contemplada com uma unidade habitacional no empreendimento Cidade do Povo, Dulcilene Monteiro, de 26 anos, participou pela terceira vez dos cursos oferecidos pelo governo. “É uma oportunidade que eu não teria se morasse em outro lugar da cidade. Só aqui eu pude ocupar meu tempo vago e aprender coisas que podem trazer algum retorno financeiro futuramente”, disse a dona de casa.
Janaína Guedes, secretária de Estado de Habitação, participou do encerramento da oficina e entregou os certificados aos participantes.
A gestora falou da importância desse momento, que visa, acima de tudo, promover um bom convívio entre os moradores do novo bairro.
“Nós não queremos apenas retirar pessoas de lugares em que elas viveram a vida toda e colocar em um novo, sem ter o mínimo de acompanhamento. Nós pensamos todos os dias em políticas públicas que fomentem o bom relacionamento na comunidade e que de alguma forma beneficiem os moradores. Nestes cursos, nós damos as ferramentas necessárias para o início de uma fonte de renda. Quem vai definir o limite são eles”, disse.
Há seis meses a empresa vencedora da licitação realiza o PTTS na Cidade do Povo. A assistente social e coordenadora das oficinas, Mazéias Reis, falou sobre a convivência com os beneficiários durante esse período.
“Não há sentimento melhor do que você chegar a uma comunidade e ser bem aceita, ser respeitada por ela. Não há dinheiro que pague os momentos de convivência e troca de experiências e compartilhamento de histórias. Ouvir um aluno dizer: ‘Eu mudei minha vida com o que aprendi com você’ é muito gratificante”, comentou a coordenadora.
Todas as quadras da Cidade do Povo serão atendidas com o projeto de pós-ocupação.