Em uma das casas do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Itaúba vive a dona de casa Maria de Jesus Martins. Ela, o marido e filho vivem do que é produzido no roçado sustentável, que garante a renda e a segurança alimentar da família.
A família de Maria é uma das 130 que recebeu do governo do Estado, por meio do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), o cartão de assentamento do seu lote, na última semana. Com o documento os moradores têm acesso garantido a diversos programas de benefício ao pequeno produtor.
“Antes a gente se sentia impedido de fazer qualquer coisa na nossa terra. Agora com esse cartão nós vamos investir e quem sabe ter mais condições de melhorar nossa qualidade de vida”, disse Maria.
Jonas da Silva também já está com o cartão em mãos e faz planos para investir na produção. “Eu já vou procurar o banco e tentar um financiamento porque eu sei que se eu investir na minha propriedade posso melhorar a vida da minha família”, contou o produtor, que vive do cultivo de algumas culturas e da criação de pequenos animais.
Primeiro Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Acre
Em 2010, os 20 mil hectares do antigo seringal Itaúba foram arrecadados pelo Estado, após o estudo da terra quando ficou constatado que não existia nenhum registro da área. A partir daí o Iteracre identificou 51 famílias que, no ato de arrecadação da terra, tiveram os lotes regularizados.
“Quando as primeiras famílias foram regularizadas, eles mesmos sugeriram que a área fosse transformada em PDS, para aliar a renda das famílias à preservação do meio ambiente”, explicou Francisco Costa, procurador jurídico do Iteracre.
Esse é o primeiro PDS estadual, os que estão localizados no Acre estão sob a administração do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Atualmente mais de 200 famílias vivem no PDS Itaúba.
“Mais de 170 famílias já estão com o cartão de assentamento, prontas para trazer melhorias às propriedades, mas nós estamos trabalhando para que até o fim do ano todas possam ser contempladas com a regularização fundiária de seus lotes”, declarou a titular do Iteracre, Janaina Guedes.
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