Em alusão à campanha “Outubro Rosa”, realizada anualmente, o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), oferta atendimentos de saúde às reeducandas da Unidade Prisional Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco.
A campanha visa promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Durante toda a manhã desta sexta-feira, 23, cerca de 170 mulheres realizaram exames de prevenção do Câncer do Colo do Útero (PCCU), toque da mama e atendimento de enfermagem.
De acordo com a gerente de Reintegração Social e Saúde do Iapen, Madalena Ferreira, a direção da unidade sempre se preocupa com o bem-estar dessas mulheres e leva esse tipo de ação até elas. “Além dos exames, o foco também é orientá-las a buscar sempre e prevenção com a realização do autoexame na mama”, informou.
Martin Hessel, diretor-presidente do Iapen, ressalta que é instituído por lei que toda pessoa privada de liberdade tem direito ao acesso à saúde. “Por isso, levar essas ações em parceria com secretarias, e poder realizar aqui dentro do presídio, é bem aceito pelas reeducandas, pois elas se dispõem passar por uma consulta médica.
Cuidar da saúde é uma forma de recomeçar a vida
Gilmara Kis se encontra há mais de dois anos na unidade e relata que está em dia com as revisões médicas ofertadas no local. “Apesar de estar cumprindo pena, procuro cuidar da minha saúde. Ao sair daqui, pretendo dar um novo rumo para minha vida, e com a saúde em dia, é o primeiro passo para um recomeço”, destacou.
A reeducanda Valdenir de Souza conta que esta cumprindo pena há mais de 10 anos e sempre participa das ações sociais que a direção da penitenciária oferece. “Tenho consciência do que fiz e estou pagando por isso, porém, procuro fazer tudo o que me oferecem aqui dentro. Estudo, faço curso e não perco os atendimentos de saúde”, diz.
Francisca Gomes, que também cumpre pena, comenta que o atendimento realizando dentro da unidade faz com que outras detentas se interessem em participar da ação. “Aqui não há o constrangimento de ir até uma unidade de saúde escoltada por agentes. Isso faz com que muitas desistam de procurar um médico”, observa.