A maioria dos empreendimentos fomentados pelo governo por meio da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN) atende o público feminino. De acordo com o cadastro da instituição, há 6.562 empreendimentos liderados por mulheres, o que corresponde a 61,69% dos pequenos negócios.
O fato demonstra que o Acre segue a tendência brasileira, uma vez que no país também foi registrado o crescimento do número de empreendedoras. Segundo o Sebrae nacional, entre os seis milhões de micro e pequenas empresas existentes, uma média de 35% tem liderança feminina. Entre os novos negócios, a participação das mulheres chega a 49,6%.
Na primeira entrega de equipamentos deste ano, em janeiro, Rejane Loureiro recebeu sua máquina de costura e conta como a oportunidade fez a diferença em sua vida: “Agora, que apareceu a chance, espero conseguir melhorar minha renda. Já avisei a todas as vizinhas todas que vou costurar para fora”.
A inclusão produtiva tem como desafio a identificação das potencialidades de cada local, o fomento e o apoio à população mais vulnerável no mundo do trabalho. Oportunidade que foi abraçada por Algecina Souza, que mora na Cidade do Povo. Em frente à Quadra 10, onde reside, desenvolve uma horta, sua fonte de renda, na qual trabalha com os quatro filhos.
A economia tem sido dinamizada por meio do apoio ao empreendedorismo, porque aumenta o acesso à renda. Um forte motivo que tem impulsionado o empreendedorismo feminino é a maternidade. É o caso de Aldenira Dantas, que tem quatro filhos, o menor com um ano e três meses. “Eu não tinha com quem deixar os meninos, então costurar os tapetes em casa e vender em feiras de economia solidária foi uma boa ideia”, explicou.
Em toda a Região Norte, registrou-se a expansão de 78% no número de empreendedoras entre 2002 e 2012. Atualmente, cerca de 10% dos microempreendimentos individuais são beneficiários do Programa Bolsa Família, o que mostra que esse grupo procura uma alternativa para geração de renda, desfazendo preconceitos sobre uma suposta acomodação em face da ação do governo.
“Em todas as cadeias produtivas fomentadas pela SEPN existe a participação de mulheres, e elas têm recebido da melhor forma o desafio de liderar os empreendimentos e chefiar suas famílias”, salienta o secretário Henry Nogueira.