Diante do acidente que aconteceu na cidade de Brumadinho em Minas Gerais, no último fim de semana. O presidente do Imac, André Hassen, esclareceu algumas informações em relação as barragens do Estado do Acre, nesta terça-feira, 29. O Acre dispõe hoje de 1.658 unidades de barragens que são anualmente fiscalizadas pelo Instituto de Meio Ambiente (Imac).
Hassen disse que as barragens no Acre são basicamente feitas de açudes em áreas rurais, em sua maioria para uso da piscicultura, como é o caso da barragem da Peixes da Amazônia, por exemplo. “Nossas áreas não têm praticamente risco algum à vida humana. Em Minas Gerais, mais especificamente na cidade de Brumadinho que é onde aconteceu este último acidente, a localidade é alta. Já aqui no Acre, nossa realidade é totalmente diferente. Por ser em áreas rurais, o risco se torna menor ainda”, explicou.
O presidente ressaltou ainda que a responsabilidade ambiental de toda e qualquer barragem é dos proprietários dessas áreas. “Nossa responsabilidade é fiscalizar e agir dentro da legalidade, para que todas as medidas preventivas sejam tomadas. Mas diante do ocorrido em Minas Gerais, vamos redobrar nossa atenção e por isso, o governador Gladson Cameli resolveu criar um departamento hídrico dentro do Imac, para que possamos fiscalizar pelo menos duas vezes ao ano, todas essas barragens. Precisamos educar antes de fiscalizar”, finalizou.
O chefe da Divisão de Recursos Hídricos do Imac, Glauco Feitosa, esclareceu que em períodos chuvosos é bem comum o rompimento, mas no Acre, isso nem é percebido. “No Estado todo temos 58 barragens cadastradas, sendo que dessas, apenas 13 apresentam algum tipo de risco ambiental. Temos fiscalizado e orientado os empreendedores para que corrijam esses riscos. As multas podem variar de um mil a 10 mil reais, e todos os empreendedores acreanos já foram orientados a agir corretamente”, comentou Feitosa.
O que é uma barragem?
Uma barragem, açude ou represa, é uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades de água. A sua utilização é, sobretudo para o abastecimento de água de zonas residenciais, agrícolas, industriais, produção de energia elétrica, ou regularização de um caudal.