Todos os insumos para obras comprados pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre) para a regional do Juruá serão conferidos para atestar se foram entregues na quantidade certa. O Deracre está finalizando a obra de instalação de uma balança de grande porte, com capacidade para 50 toneladas, que vai pesar brita, seixo, areia e outros materiais, quando forem entregues na unidade de Cruzeiro do Sul.
Luciano Oliveira, diretor do Departamento no Juruá, explica que o equipamento vai ser usado também para controlar a saída do asfalto produzido na usina do governo, localizada na rodovia AC-405, na Vila do Deracre, em Cruzeiro do Sul.
“A gente compra uma quantidade de brita, por exemplo, e não tem como saber se foi entregue a quantidade adquirida. A partir do momento em que a balança estiver funcionando, vamos pesar tudo o que entrar e sair, para garantir que ninguém irá tirar proveito da situação”, explica.
O equipamento estava desativado no antigo posto de fiscalização da Sefaz na BR-346, próximo à comunidade do Liberdade, distante 80 km de Cruzeiro do Sul, e será reaproveitado. A balança será controlada por uma central computadorizada, monitorada por um colaborador do Departamento, que vai receber capacitação para o serviço.
Segundo Luciano, a usina do Deracre em Cruzeiro do Sul produz cerca de 200 toneladas de asfalto por semana e por todo esse tempo não era possível aferir a quantidade exata que era retirada.
Recuperação de ramais avança nas cidades do Juruá
Conhecido como polo de maior produção de farinha em Cruzeiro do Sul, o Ramal do Pentecostes, que começa na AC-405 próximo à ponte do Rio Moa e se estende por mais de 80 km até a zona rural de Mâncio Lima, já está com mais de 60% de sua extensão recuperada. As máquinas repassadas pelo governo ao Deracre estão atuando na região e em outras quatro frentes de trabalho.
Nesta quarta-feira, 28, o diretor Luciano Oliveira esteve no local onde as máquinas estão fazendo a recuperação do ramal e disse que o serviço está mais adiantado do que previa. Oliveira falou que as outras frentes de serviço estão nas comunidades da Santa Luzia e Lagoinha, na altura do km 60 da BR-364, sentido Rio Branco.
Segundo o diretor, o maquinário será usado para atuar na malha viária vicinal de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima.
“Desde 2016 não entrava uma máquina aqui”, diz produtor
José de Souza Menezes mora na comunidade do Pentecostes há mais de 20 anos. A relação dele é tão estreita com o lugar que passou a ser chamado de Zeca do Pentecostes. Ele contou que havia mais de cinco anos que o ramal não recebia manutenção e que nos dois últimos invernos viu vizinhos perderem parte da produção por não ter como levar para a cidade por causa das péssimas condições de trafegabilidade.
“Desde 2016 não entrava uma máquina aqui. Agora a realidade está mudando. Estou feliz por terem se lembrado da gente”, comemorou.