Na região do Juruá, 10 casos de leptospirose foram confirmados no primeiro trimestre de 2023. As confirmações se deram pelo histórico de exposição a situação de risco para a doença, pelos sintomas clínicos e pelo exame de triagem que é a sorologia IGM. Diante disso, o governo do Estado tem realizado ações para enfrentar essa doença, além de investir no melhor atendimento ao paciente e no rápido e eficaz diagnóstico.
Nesta quarta-feira, 19, a Secretaria de Estado de Saúde realizou uma capacitação sobre manejo clínico, diagnóstico laboratorial e vigilância epidemiológica da leptospirose. A atividade acontece em um momento de cheias que é um agravante para surgimento de casos de leptospirose. A capacitação teve como público-alvo os médicos, enfermeiros, equipe de laboratórios e os núcleos hospitalares de epidemiologia do Vale do Juruá, Tarauacá e Envira.
Segundo Fernanda Freitas, médica clinica geral, nos últimos dias ela atendeu vários casos suspeitos de leptospirose na UPA de Cruzeiro do Sul. “Essa capacitação é importante no sentido adquirir e aprimorar o conhecimento, saber a conduta correta para atender o caso o mais rápido possível e evitar que ele evolua”, disse.
De acordo com Milena Lopes, chefe do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Regional Fronteira Cruzeiro do Sul, ela destaca essa capacitação como importante e positiva. “Priorizamos fazer essa capacitação sobre leptospirose porque ela é uma síndrome febril que possui uma taxa de letalidade média de 9%, mas que em casos graves a taxa de letalidade é de 48% e isso é muito alta e grave”, contou.
O que é, a transmissão e os principais sintomas da leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa fabril aguda. A transmissão ocorre a partir da pele com lesões, imersa por um longo período em água contaminada ou por meio de mucosa. Os principais sintomas da fase precoce são: Febre, dor de cabeça, dor muscular, falta de apetite, náuseas e vômitos.